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Libertadores - 2019

Tensão do clássico fora de campo causa briga de casal e arremesso de capacete

Árbitro retira capacete da Polícia Militar atirado por torcedores no gramado da Vila - Fernando Donasci/UOL
Árbitro retira capacete da Polícia Militar atirado por torcedores no gramado da Vila Imagem: Fernando Donasci/UOL

Vitor Pajaro

Do UOL, em Santos

14/06/2012 09h40

Após 20 dias de espera, os torcedores de Santos e Corinthians puderam finalmente acompanhar o esperado duelo entre as equipes pela semifinal da Libertadores. Antes da partida, muitas provocações e brincadeiras com os rivais, mas assim como dentro de campo, o clima fora das quatro linhas também esquentou. O UOL Esporte acompanhou o movimento nos arredores do Alçapão e os bastidores da partida.

Brigas entre santistas e tapa na cara do marido

  • Mal a partida havia terminado e os santistas já deixavam a Vila Belmiro. Irritado, um torcedor nas cadeiras cativas do estádio reclamou tanto da atuação da equipe que arrumou confusão com quase todos os santistas do local. A derrota do Santos abalou ainda o relacionamento de um casal. Mesmo após o Dia dos Namorados, uma discussão na frente dos torcedores ganhou vaias. Pior para o marido, que acabou levando um tapa na cara. No bar localizado em frente ao estádio, integrantes da Torcida Jovem também brigaram entre si.

Após atirar capacete no campo, torcedor 'se camufla' na torcida

  • Pouco antes dos refletores apagarem na Vila Belmiro, policiais militares e torcedores entraram em conflito nas arquibancadas. No espaço reservado para a Torcida Jovem, a confusão explodiu após um empurra-empurra e, no decorrer da briga, um dos policiais acabou perdendo o capacete, que foi parar dentro de campo. O autor do arremesso não marcou bobeira e, para acompanhar os minutos finais da partida, pegou um boné e casaco emprestados, se camuflou na torcida e no apito final do árbitro foi um dos primeiros a deixar o estádio.

Há mais de um ano na Vila, funcionário nunca viu gol de Neymar

  • Solon Ferreira dos Santos Filho é um funcionário exemplar. Há mais de um ano trabalhando como comissário na organização dos jogos do Santos, ele jamais abandonou o posto, nem por alguns minutos para para ver Neymar, Ganso e cia. Sempre no mesmo ponto, no local que dá acesso as cadeiras cativas da Vila Belmiro, ele lembra que alguns torcedores o cumprimentam sempre, alguns ilustres, outros nem tanto. "Tem gente que passa aqui, para, conversa e eu não sei nem o nome. É engraçado, porque eles falam como se fossem meu amigo", conta ele que ganha R$ 50,00 para trabalhar. "Vale a pena, já vi Pelé, o pessoal do Pânico..."

Agente penitenciário atira em integrante de torcida organizada

  • Um membro da Torcida Jovem, maior organizada do time praiano, foi baleado no ombro por um agente penitenciário que estava à paisana. O incidente ocorreu em um posto de gasolina próxima à Vila. O segurança Rodrigo Lopes, de 30 anos, foi levado ao hospital da Santa Casa, em frente ao posto, e passa bem. Lopes estaria alcoolizado e teria mexido no carro do agente penitenciário, que se irritou e reagiu com um tiro.

Jogador de várzea se veste de Neymar e pede dinheiro no sinal

  • Com camisa do Santos, shorts, meião e uma bola nas mãos, Thiago Alves aproveitou sua habilidade para ganhar um trocados no sinal. Torcedor do Santos e jogador da várzea de Praia Grande, ele mostrou habilidade e apostou no penteado do craque do momento para conseguir dinheiro até dos corintianos. "É visual do momento não é? O Neymar é o cara", brincou o santista, que aos 23 anos, sonha com uma chance no futebol profissional.

Cartolas são poupados por torcedores após derrota

  • Que o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro é bem aceito, todos sabem. Mesmo com a derrota do Santos, ele mostrou que tem crédito com os torcedores. Saiu calmamente do estádio, falou com alguns santistas e até atendeu a imprensa. O mesmo aconteceu com o vice-presidente, Odilio Rodrigues, que ainda fez uma longa caminhada antes de deixar o estádio. Tudo isso sem sofrer nenhuma represália.

Apagão é causado por falha no gerador

  • O apagão que paralisou o segundo tempo da partida foi causado por uma falha no gerador do estádio. Na saída do estádio o presidente Luis Alvaro de Oliveira e a assessoria de imprensa do clube falaram sobre o ocorrido. O Santos alega que a CPFL foi acionada para resolver o problema e que a demora só aconteceu porque os refletores não puderam ser ativados rapidamente, já que poderiam queimar.