Inquérito para interdição da arquibancada da Arena do Grêmio pode levar até um mês

A queda dos torcedores da arquibancada da Arena do Grêmio comemorando o gol da vitória por 1 a 0 contra LDU deve demorar para ter repercussão prática. O inquérito solicitando a interdição daquele setor do estádio depende da perícia, cujo laudo pode levar um mês para ficar pronto.
O Instituto Geral de Perícias de Porto Alegre recebeu pedido para avaliar as condições da arquibancada da Arena na manhã desta quinta-feira. Prontamente, os profissionais foram destinados ao local para análise técnica.
Porém, o lauto do IGP não será tão rápido. O tempo de espera vai de 15 a 30 dias para que tudo seja averiguado.
"Não podemos abrir inquérito sem o laudo. Isso porque pode ser visto que aquela área suportava a avalanche, mas não com tanta gente", disse o delegado Thomas Pereira da 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre ao UOL Esporte.
Uma vez com laudo pronto, a polícia instaura inquérito baseado no artigo 132 do código penal: expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente. O Ministério Público, posteriormente, recebe o relatório e analisa.
A quebra na divisória entre arquibancada e campo que resultou na queda de 10 torcedores do Grêmio no fosso da Arena na quarta-feira pode gerar a interdição da área no estádio. Tal afirmação foi feita pelo comandante do 1º Batalhão de Operações Especiais, Kleber Rodrigues Goulart. Enquanto isso, o clube se diz surpreso com a falha estrutural.
"O Ministério Público se manifesta pedindo providências, internação, ou não, daquela área do estádio", explicou o delegado.
Até a conclusão do inquérito, que pode levar mais alguns dias, até lá, a área deve permanecer funcionando normalmente. A administração do estádio tem duas alternativas: refazer a divisória quebrada, ou isolar a área.
Na noite de quarta-feira, dez torcedores acabaram caindo no fosso durante a comemoração do gol do Grêmio aos 17 minutos do segundo tempo do jogo contra LDU. A divisória da arquibancada com o campo não suportou a avalanche e acabou quebrando. Oito acabaram feridos, três foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro, mas todos já foram liberados.
A Polícia Militar pedia, antes da inauguração do estádio, a colocação de cadeiras naquela área destinada aos torcedores da Geral do Grêmio. No entanto, o clube fez força e conseguiu que somente armações chamadas para-avalanche fossem colocados. Não foi o suficiente para evitar o pior.
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