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Libertadores - 2019

Gaviões acredita que confissão de jovem ajudará na liberação de integrantes presos na Bolívia

Indiciados por morte de boliviano, torcedores do Corinthians ficam atrás das grades em Oruro - REUTERS/Daniel Rodrigo
Indiciados por morte de boliviano, torcedores do Corinthians ficam atrás das grades em Oruro Imagem: REUTERS/Daniel Rodrigo

Paulo Passos

Do UOL, em São Paulo

24/02/2013 15h57

O jovem de 17 anos que assumirá nesta segunda-feira que foi o autor do disparo do sinalizador que matou Kevin Espada, 14, prestará depoimento nesta segunda-feira na Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos. Com a confissão, a Gaviões da Fiel, torcida organizada da qual o suposto autor do disparo faz parte, espera que a liberação dos torcedores detidos na Bolívia seja facilitada. 

“A partir do momento que se identificou o autor e que ele admite que comprou os artefatos sem consentimento da diretoria, acreditamos que não há motivos para que os integrantes da Gaviões da Fiel fiquem detidos”, defende o advogado Ricardo Cabral, que defende a torcida organizada.  

O incidente aconteceu no primeiro tempo da partida entre Corinthians e San José, da Bolívia. Desde quinta-feira, 12 torcedores corintianos se encontram detidos em Oruro. Segundo o jornal La Patria, de Oruro, o documento o inquerito da polícia local aponta Cleuter Barreto Barros e Leandro Silva de Oliveira como responsáveis pela morte do jovem boliviano.Outros 10 foram corintianos foram indiciados como cúmplices.

Segundo seu advogado, o jovem que confessará ser o autor dirá que quis se entregar à polícia boliviana, mas foi orientado pelos integrantes da torcida organizada Gaviões da Fiel, da qual faz parte, a retornar ao Brasil.

“Ele queria se entregar na Bolívia. Ele estava sob responsabilidade da Gaviões da Fiel. Acharam por bem entregarem para a família primeiro para depois tomar a decisão”, afirmou Cabral.

O suposto autor do disparo alegará que não tinha intenção de atingir a vítima e que houve um acidente quando ele manejava o sinalizador. O advogado da torcida organizada afirma que os dirigentes da Gaviões da Fiel não sabiam que o jovem estava com o artefato e que ele entrou no estádio sem passar por uma revista das autoridades bolivianas.