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Libertadores - 2019

Corinthians corre para apresentar defesa e encurtar prazo de punição imposta pela Conmebol

Punição impede presença da torcida do Corinthians durante jogos da Libertadores - AP Photo/Juan Karita
Punição impede presença da torcida do Corinthians durante jogos da Libertadores Imagem: AP Photo/Juan Karita

Do UOL, em São Paulo

26/02/2013 13h25

Apesar de afirmar que aceita a decisão da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) de jogar com portões fechados na fase de grupos da Libertadores, o Corinthians vai recorrer à entidade para tentar diminuir a pena. De acordo com a liminar, o clube deverá jogar sem torcida por 60 dias, prazo estimado para o Tribunal da Conmebol tomar a decisão definitiva sobre a punição referente ao incidente que vitimou o torcedor boliviano Kevin Espada.

"Resolvemos acatar, mas vamos apresentar a defesa imediatamente e tentar encurtar o prazo", declarou Luiz Alberto Bussab, diretor de Negócios Jurídicos do Corinthians, à TV Globo. O clube corre contra o tempo na expectativa que o julgamento seja antes do prazo estimado pela Conmebol. "Vamos nos preparar para apresentar esta defesa amanhã para agilizar isso", disse ele ao "SporTV".
 
Com a decisão da Conmebol, o Corinthians divulgou nota oficial que vai reembolsar os torcedores que já haviam comprado entradas para os jogos contra Millonarios-COL, Tijuana-MEX e San Jose-BOL. 
 

Para Bussab, o incidente foi um fato isolado. "A gente entende que não deveria haver nenhuma punição. Isso só traz prejuízo ao Corinthians. Atuamos no Pacaembu com capacidade máxima durante três ou quatro Libertadores seguidas e jamais tivemos ocorrência, nem da nossa torcida nem com a torcida visitante, nem ao redor do estádio. Respeitamos a decisão, mas consideramos a liminar totalmente descabida e vamos tentar combatê-la nesta defesa final. Não existe nenhum risco de se fazer um jogo no Pacaembu", garantiu.

A diretoria do Corinthians reforçou o pedido para os torcedores não irem ao Pacaembu nos dias dos jogos da Libertadores. "A torcida deve acompanhar pela TV ou pelo rádio. Com certeza teremos outras oportunidades para demonstrar este apoio, se Deus quiser já nesta Libertadores. Agora o momento é de calma e paz", acrescentou Bussab.
 

 

O diretor do Corinthians reiterou que o clube não financia a torcida para ir aos jogos. "É cada um por si, por sua conta. O Corinthians não dá condução nem ingresso a nenhum torcedor e desconhece quem foi para a Bolívia. Por este motivo, o Corinthians não está prestando auxílio às pessoas que estão lá detidas, isso está sendo feito pelo Itamaraty e pela Embaixada Brasileira", explicou Bussab ao "SporTV". 

Na última quarta (20), durante o jogo entre San José e Corinthians, em Oruro, na Bolívia, um sinalizador atingiu a cabeça e matou o torcedor boliviano Kevin Espada, de 14 anos. Como as imagens mostraram que o artefato foi disparado pela torcida do Corinthians, 12 torcedores brasileiros foram detidos suspeitos de envolvimento no caso.
 
Na quinta-feira, a Conmebol anunciou que o atual campeão da Libertadores teria que jogar a primeira fase da competição com portões fechados. O clube entrou com recurso e esperou a resposta nesta segunda, mas a confirmação da entidade em manter a punição ao Corinthians só foi divulgada na manhã desta terça-feira.