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Libertadores - 2019

Reincidente em jogos sem torcida, Corinthians 'celebrou' distância da Fiel em 2005

Time vinha de derrota por 5 a 1 contra o São Paulo e escapou de pressão em 2005 - Antonio Gaudério/Folha Imagem/Arquivo
Time vinha de derrota por 5 a 1 contra o São Paulo e escapou de pressão em 2005 Imagem: Antonio Gaudério/Folha Imagem/Arquivo

Bruno Thadeu

Do UOL, em São Paulo

26/02/2013 17h20

Para o duelo contra o Millonarios, quarta-feira, o Pacaembu estará vazio, conforme decisão da Conmebol. Não será a primeira que o Corinthians jogará sem seus torcedores por perto. O clube foi obrigado a atuar sem a presença da torcida em dois jogos do Brasileirão de 2005. Naquela ocasião, ficar longe da Fiel foi encarado como um alívio principalmente pelos jovens atletas alvinegros, temerosos com mais uma reação negativa vinda da arquibancada.

Dias antes, o time do Parque São Jorge havia sofrido goleada por 5 a 1 contra o São Paulo, em maio de 2005, no Pacaembu. Torcedores alvinegros brigaram com a polícia dentro do estádio, ameaçaram jogadores e causaram estragos no estádio.

Saldo da baderna no Pacaembu: três jogos sem torcida e multa foram as punições impostas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. A pena foi posteriormente abrandada para duas partidas com portões fechados.

Ao contrário do atual Corinthians, bicampeão mundial e com vários atletas experientes, o time de 2005 estava em péssima fase e com ataque formado pelos novatos Abuda e Jô.

Atuando sem cobrança dos torcedores, o Corinthians enfrentou Flamengo (vitória por 4 a 2) e Fluminense (derrota por 1 a 0) em Mogi com portões fechados, em junho de 2005.

“Acho que isso [jogo sem torcida] facilitou bastante porque deu tranquilidade aos mais novos. A gente sabia que se tivesse torcida a cobrança seria muito maior”, afirmou Abuda após o jogo.

  • Corintianos assitiram à distância ao jogo do time contra o Flamengo, em junho de 2005. O Corinthians havia sido punido pelo STJD devido a incidentes no Pacaembu. Clube ficou dois jogos sem torcida

“A gente estava acostumado a jogar na base sem torcida”, complementou Jô, outro atleta que havia sido alçado ao profissional do Corinthians.

Curiosamente, a vitória com portões fechados deu largada à reação do Corinthians no Brasileirão de 2005. Da zona intermediária, o time paulista sagrou-se campeão, título polêmico e contestado após remarcação de jogos que foram apitados por Edilson Pereira de Carvalho.

No segundo jogo sem torcida pelo Brasileirão de 2005, o Corinthians foi derrotado diante do Fluminense, 1 a 0.