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Libertadores - 2019

Paulo André classifica gritos de assassinos como chatos e ignorantes

Paulo André, zagueiro do Corinthians, durante um treinamento do clube  - Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians
Paulo André, zagueiro do Corinthians, durante um treinamento do clube Imagem: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

01/04/2013 16h29

No embarque para a Colômbia, onde jogará contra o Millonarios pela Libertadores, o zagueiro Paulo André desabafou sobre os gritos de “assassinos” vindos dos torcedores do São Paulo no clássico de ontem. “Na hora não prestei atenção, estava bem concentrado. Depois o Pato falou no vestiário. É chato, ignorante, [mas] faz parte da nossa cultura”, lamentou o defensor alvinegro nesta segunda-feira.

Alexandre Pato fez um gesto de silêncio para a torcida tricolor ao marcar o gol da vitória no clássico. Nesta segunda, ele voltou a mostrar sua indignação por meio de sua conta no Twitter. “Para vocês que nos chamaram de assassinos! Somos apenas jogadores tentando levar alegria para vocês. #vaicorinthians”, escreveu o atacante, que ainda postou uma foto em que ele aparece com o dedo na boca fazendo o gesto de silêncio após o gol.

No domingo, após o jogo, o técnico Tite defendeu o jogador e disse que o gesto representava a vontade do comandante. “O Pato fez o que eu gostaria de ter feito. Ninguém tem o direito de nos chamar de assassinos. Futebol é dentro de campo, de ser melhor, não de desrespeito. A atitude dele representou a do técnico também", disse Tite, contando que o atacante lhe explicou o motivo do gesto no vestiário.

O grito dos são-paulinos foi motivado pelo caso da morte do jovem boliviano Kevin Spada. durante partida do Corinthians contra o San Jose, pela Copa Libertadores. Ele foi atingido por um sinalizador disparado pela torcida do Corinthians. Por conta disso, 12 corintianos estão presos em Oruro, na Bolívia.

O grupo de corintianos é acusado de participação no evento. No Brasil, a organizada Gaviões da Fiel apresentou à Justiça um jovem de 17 anos que se diz o verdadeiro culpado pelo crime. A Justiça da Bolívia, no entanto, não leva o depoimento e a confissão do jovem em consideração, e manteve os 12 brasileiros em prisão preventiva em Oruro