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Libertadores - 2019

Ataque e retrospecto no Pacaembu são armas do Corinthians contra Boca

Guerrero sofre com a marcação de Burdisso no duelo entre Corinthians e Boca Juniors - AFP PHOTO / Juan Mabromata
Guerrero sofre com a marcação de Burdisso no duelo entre Corinthians e Boca Juniors Imagem: AFP PHOTO / Juan Mabromata

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Buenos Aires (Argentina)

02/05/2013 06h00

O Corinthians terá uma missão difícil diante do Boca Juniors, no próximo dia 15, mas não impossível. Para eliminar os argentinos no jogo de volta das oitavas da LIbertadores, a equipe brasileira contará com um ótimo retrospecto no Pacaembu desde 2006 e, principalmente, precisará que seu ataque volte à velha forma.

Até agora, o Corinthians fez 27 jogos no ano, e em apenas cinco deles saiu sem marcar gols. Além das três derrotas sofridas até agora, contra Ponte Preta, Tijuana e o próprio Boca, a equipe do técnico Tite passou em branco nos empates contra Botafogo-SP e Santos.

Mais que isso, o ataque é o grande destaque do Corinthians até agora na temporada. Em uma comparação com os números de 2012, quando o elenco alvinegro venceu a Copa Libertadores e o Mundial, o time atual perde em quase todos os quesitos como número de vitórias, eficiência da defesa e pontos ganhos.

O único em que essa equipe vence, considerando o mesmo ponto exato da temporada, é o número de gols marcados. Foram 45 em 2013, contra 42 no ano passado. Méritos para o trio Guerrero, Emerson e Alexandre Pato, protagonistas de uma briga acirrada por uma vaga no setor e responsáveis por muitos dos gols alvinegros até agora.

Na Bombonera, porém, nenhum dos três brilhou. Quem chegou mais perto foi Guerrero, que acertou a trave esquerda de Orión já no segundo tempo, após uma bela jogada de Romarinho. Emerson se esforçou, mas criou pouco e ainda se meteu em algumas confusões. Pato, por sua vez, entrou apenas na metade do segundo tempo e teve poucas chances de mudar o jogo.

Seria um dos reflexos do que Tite avaliou como uma proposta “menos técnica” do Boca. Bem marcado e pressionado, o Corinthians não rendeu o que deveria em um confronto sem um grande nível técnico. Os números do Datafolha, porém, mostram que não é bem assim. Na comparação com o primeiro jogo da final do ano passado, é possível perceber que o Corinthians teve um aproveitamento de passes melhor (81,7% contra 74,7%) e chutou mais que em 2012 (oito contra seis), entre outros quesitos.

Na prática, as estatísticas mostram que na última quarta os brasileiros até tiveram suas chances, mas não as aproveitaram como deveriam. Em São Paulo, no dia 15 de maio, o desempenho de Pato, Emerson e Guerrero será fundamental. Para passar pelo Boca, o Corinthians precisa vencer por dois ou mais gols de diferença. Uma vitória por 1 a 0 leva a decisão para os pênaltis, enquanto qualquer outro triunfo por apenas um gol faz o Boca avançar, o que igualmente acontece em caso de vitória argentina ou empate.

O retrospecto no Pacaembu mostra que tudo é possível. O Corinthians não perde em sua casa, pela Libertadores, desde a traumática eliminação diante do River Plate, em 2006. Desde então foram  15 partidas no local, sendo que só em duas dessas o clube do Parque São Jorge não venceu.