Topo

Libertadores - 2019

Classificação atleticana teve amuleto de Cuca, máscaras e Victor abençoado

Cuca se apegou às máscaras do pânico na hora do aperto no jogo contra o Tijuana - AFP PHOTO / Douglas MAGNO
Cuca se apegou às máscaras do pânico na hora do aperto no jogo contra o Tijuana Imagem: AFP PHOTO / Douglas MAGNO

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Belo Horizonte

31/05/2013 06h15

A sofrida classificação do Atlético-MG para a semifinal da Libertadores, com empate dramático com o Tijuana, por 1 a 1, na quinta-feira, com defesa de pênalti de Victor no último minuto de jogo contou com a camisa pé quente do técnico Cuca e apego do treinador à máscara da morte levada pelos torcedores atleticanos para o estádio.

Cuca contou com uma camisa da sorte, utilizada por ele nas principais partidas do Atlético, que conta com o desenho da Nossa Senhora Aparecida. O treinador esteve com a blusa na final do Campeonato Mineiro, quando o time atleticano conquistou o título estadual diante do Cruzeiro, na derrota por 2 a 1.

O treinador atleticano usou a camisa por baixo de uma blusa de frio do Atlético. No lance do pênalti de Leonardo Silva, perdido por Riascos, em defesa de Victor, no último minuto do jogo, Cuca abriu a blusa de frio e se segurou a imagem na sua camisa interna.

“Eu abri minha camisa e falei agora é com a senhora, me protege que estou precisando muito e ela me protegeu e abençoou o Victor. Foi noite que tivemos sorte e passamos, além da competência dele acertar o canto”, disse Cuca.

O treinador atleticano revelou que antes da cobrança do pênalti se voltou para as arquibancadas e se apegou a máscara do pânico levada pela torcida para o estádio como forma de pressão para cima do Tijuana. “Eu me apeguei à máscara, só via ela, o torcedor calado, não tinha mais onde me prender”, afirmou Cuca.

Católico, o treinador afirma que aproveitará o período sem jogos na temporada, por causa da Copa das Confederações para ir à igreja e agradecer aos céus a classificação. “Tem, de ir, rezar, agradecer pelo milagre, a ajuda divina, tenho certeza que foi uma ajuda lá de cima, de Deus”, destacou.

“Lógico que existe (fé), a gente tem de acreditar em tudo que é positivo, tem de ter fé na vida, é natural que o ser humano se apegue, o Victor sabe que ele foi abençoado de pegar no canto certo, tirar com o pé, tem de acreditar nisso”, acrescentou Cuca.

A fé acompanha o treinador em seus trabalhos. Ele leva para o vestiário, antes de cada partida um mini altar, com imagens de santos para acompanhar o time. Sempre antes de entrar em campo, o time faz uma oração. “Fé é importante em todos os passos que a gente tem, tem quem não acredite, mas é bom ter fé na vida”, disse.

O treinador atleticano leva para cada jogo um amuleto, um terço ganho de um cinegrafista antes da partida contra o Fluminense, no segundo turno do Brasileirão de 2012, no Independência, quando a equipe mineira venceu por 3 a 2.

Apesar da classificação dramática para a semifinal da Libertadores, Cuca disse que o clima no vestiário foi de tranquilidade. “Não era de euforia, nem um pouco, time que é acostumado a jogar bem e quando passa assim não fica eufórico. Time que tem história sofrida e a minha história também é, acho que vai mudar agora, espero que sim”, afirmou.

BLOGUEIROS COMENTAM VITÓRIA DRAMÁTICA DO ATLÉTICO EM MINAS

  • VITOR BIRNER: 'Victor pega pênalti nos acréscimos e mantém o cansado Atlético na Libertadores. Atuação do Galo contra o Tijuana foi muito ruim'.Leia Mais

  • JUCA KFOURI: 'O que dizer de um goleiro que pega um pênalti, com o pé, aos 47 minutos do segundo tempo, como se viu ontem para classificar seu time para a mesma semifinal da Libertadores?"Leia Mais

  • JÚLIO GOMES:"O fator Victor, esse sim, não é um fator sorte. Victor está lá para fazer o que fez. É um grandíssimo goleiro (para mim, de seleção) e foi o homem decisivo da eliminatória"Leia Mais