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Lesão de Victor faz Giovanni ter sua maior chance em 5 anos de Atlético-MG

Giovanni vai ter nova chance de jogar pelo Atlético-MG na Libertadores. Em 2014 ele foi bem - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Giovanni vai ter nova chance de jogar pelo Atlético-MG na Libertadores. Em 2014 ele foi bem Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

16/03/2016 09h16

O goleiro Giovanni chegou ao Atlético-MG em 2011. É, ao lado do zagueiro Leonardo Silva, o jogador mais antigo do elenco alvinegro, considerando que o lateral Marcos Rocha só retornou ao clube em janeiro de 2012, após alguns empréstimos. Curiosamente, o goleiro e o zagueiro foram anunciados juntos, pelo então presidente Alexandre Kalil, através do Twitter, no dia 5 de janeiro daquele ano.

Mas foi em 2010 que a história de Giovanni começou no Atlético. Então goleiro do Grêmio Prudente-SP, o jovem goleiro de 23 anos chamou a atenção da diretoria atleticana, depois dos confrontos válidos por Copa Sul-Americana e Brasileirão. Apesar da longevidade na Cidade do Galo, Giovanni jamais foi unanimidade entre os torcedores.

Alternando entre a reserva e a titularidade com Renan Ribeiro, hoje no São Paulo, Giovanni assumiu o gol alvinegro em abril de 2012. Em julho já não era mais o dono da posição, pois o Atlético contratou Victor, junto ao Grêmio. Desde então, Giovanni encontrou seu lugar dentro do Atlético. Se tornou o bom reserva. Aquele jogador que entra na ausência do titular e costuma não comprometer.

Bom de grupo e companheiro dedicado nos treinos, Giovanni acompanhou e ajudou no sucesso de Victor, o titular do Atlético nas conquistas da Libertadores, Recopa e Copa do Brasil. Títulos que também estão no currículo do goleiro reserva, que tem uma conquista a mais do que o atual titular: venceu o Mineiro em três oportunidades, enquanto Victor ganhou apenas duas.

Com uma entorse no joelho direito, Victor será desfalque na partida contra o Colo-Colo pela Libertadores. E mais uma vez Giovanni terá a chance de mostrar que pode ser mais que um bom reserva.

Esta não será a primeira chance em uma partida pelo torneio continental. Em 2014 ele jogou, mas numa situação muito diferente. O Atlético já estava classificado e o duelo com o Zamora, da Venezuela, servia apenas para confirmar a primeira colocação do grupo. Giovanni foi bem. O Atlético venceu por 1 a 0 e se classificou na posição que desejava.

A missão agora, talvez a de maior responsabilidade para o arqueiro com a camisa do Atlético, é ajudar na classificação para a fase seguinte da Libertadores. Um resultado negativo nesta noite, contra o Colo-Colo, faz o Atlético sair das duas primeiras colocações. Portanto, responsabilidade para Giovanni, que se mostra preparado para a tarefa.

“Agora é trabalhar, temos a Libertadores pela frente. É um jogo importantíssimo e temos de entrar focados para conseguir os três pontos”, disse Giovanni em entrevista à Rádio 98FM.

E Giovanni mostra ambição. Além da classificação, o titular do Atlético nas próximas três partidas da Libertadores quer o primeiro lugar geral após a fase de grupos. Algo que o time alvinegro conseguiu em 2013 e fez bastante diferença, sempre levando as decisões para Belo Horizonte.

“A nossa intenção, se possível, é ser o primeiro colocado em todos os quesitos. Então vamos em busca da vitória nesta quarta-feira. Temos um ótimo elenco para busca poder buscar o resultado”, comentou o goleiro, que tem um recomeço no Atlético em 2016.

Como Victor disputou todos os jogos da temporada 2015, Giovanni ficou mais de um ano e cinco meses sem atuar. Entre a derrota para o Atlético-PR, no Brasileirão de 2014, e o empate com o Guarani, no Mineiro de 2016, passou por muita coisa. Menos jogar. Algo que deixou o goleiro contrariado.

“Fiquei quase um ano e seis meses sem jogar. Isso no futebol, ficar apenas treinando... É até complicando comentar esse quesito, pois abrir a boca pode dar polêmica”, começou a desabafar Giovanni, que logo em seguida fez questão de agradecer as chances de jogar em 2016. Já foram três partidas e podem ser, no mínimo, mais sete.

“Mas é agradecer primeiro a Deus e depois ao professor Aguirre e ao professor Chiquinho, pelas chances que estão me dando para somar e ajudar a equipe”, completou Giovanni, que disputou 55 partidas e sofreu 57 gols em mais de cinco anos de Atlético.