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Cuca testa 3 esquemas em derrota do Palmeiras e crava: Jesus será titular

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

18/03/2016 07h05

Três esquemas táticos colocados em prática em 90 minutos de jogo, com derrota por 1 a 0 fora de casa para o Nacional. Foi dessa forma que o técnico Cuca estreou pelo Palmeiras na noite desta quinta-feira, em Montevidéu.

O novo treinador alviverde, por exemplo, promoveu seis mudanças em relação ao último time de Marcelo Oliveira. Além disso, abandonou a formação tática do antecessor ao escolher o 4-1-4-1, que depois virou 4-3-3 e até 4-2-4 no segundo tempo.

Cuca também garantiu a titularidade de Gabriel Jesus. O camisa 12 atuou por 45 minutos depois de começar a partida no banco de reservas. Foi o suficiente para o jovem atacante convencer o técnico. "O Gabriel Jesus em meio tempo mostrou para mim que ele tem de ser titular. São coisa que vou levar para frente", disse o comandante.

No primeiro tempo, Cuca escolheu o 4-1-4-1

O objetivo na primeira etapa era surpreender o Nacional com triangulações pelas pontas. A estratégia, então, foi aproximar dois jogadores no meio-campo, contando com as subidas do lateral. Cuca admitiu que sentiu falta dos avanços de Egídio.

"(Coloquei) o Zé na meia para que a gente tivesse uma triangulação maior pelo lado esquerdo com Egídio e Dudu, mas não houve", disse o treinador, que escalou Arouca de primeiro volante e adiantou Gabriel para a segunda linha de quatro.

Com Robinho, um 4-3-3 no começo da etapa final

Cuca voltou para o segundo tempo com Robinho no lugar de Egídio e Gabriel Jesus na vaga de Allione. Zé Roberto, dessa forma, passou à lateral. Gabriel e Arouca compuseram o meio-campo com Robinho, mais avançado. No ataque, Gabriel Jesus e Dudu abertos, com Alecsandro na área.
"No segundo tempo nós regredimos o plano e voltou básico com Robinho por dentro trabalhando. Melhorou", avaliou Cuca, que aos 22 minutos tirou um volante para colocar outro atacante.

Quatro atacantes, dois meias: Palmeiras no 4-2-4

Com a entrada de Barrios, Cuca testou o terceiro esquema tático no Palmeiras. Com isso, apenas Arouca e Robinho passaram a atuar no meio-campo. Na frente, uma linha com quatro jogadores ofensivos: Gabriel Jesus, Alecsandro, Barrios e Dudu.
"Depois entrou o Lucas (Barrios) como a gente tinha treinado para tentar ter os dois homens de frente, com os dois de lado, com Robinho armando. Melhorou ainda mais o time, mas eles se fecharam bem e mereceram ganhar", ressaltou o treinador.

Cuca pede tempo e projeta evolução até para a saída de bola

O técnico ainda falou sobre o principal problema da era Marcelo Oliveira: os lançamentos errados dados pela linha defensiva. O Palmeiras usou o artifício 38 vezes na partida, média de 43 chutões registrados nos últimos jogos.
"Quando a gente tiver jogo em casa, tem de ter a rotatividade, tem de ter os volantes saindo para o jogo. Não pode pôr a obrigação da criação de jogadas em um jogador de meio. Tem de saber que o ponta não é ponta, é um quarto homem de meio. Fecha junto, vem jogar, tem liberdade para rodar para a passagem dos laterais. É trabalho", disse.
Cuca ressaltou o fato de ele ter comandado apenas um treino no clube. E pediu paciência. "Eu entrei segunda, hoje é quinta, fiz um treino. Vamos trabalhar muito. Pode ter certeza que a evolução vai vir, mas requer tempo", finalizou.