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Sim, se pode! Grêmio 'ataca' medo da altitude durante período em Quito

Roger treina com jogadores do Grêmio para "dar exemplo" contra altitude de Quito - Lucas Uebel/Divulgação/Grêmio
Roger treina com jogadores do Grêmio para 'dar exemplo' contra altitude de Quito Imagem: Lucas Uebel/Divulgação/Grêmio

Do UOL, em Porto Alegre

10/04/2016 06h00

Que a altitude atrapalha a parte técnica, que acaba tendo ingerência na parte tática e principalmente prejudica fisicamente os times não é novidade. Mas não é apenas isso que o Grêmio está tentando vencer nos dias de treinamento em Quito que antecedem o jogo da próxima quarta-feira. Tem ainda o lado psicológico. 

A cada sessão de treinamento, o técnico Roger Machado não vai apenas mostrar aos jogadores a diferente velocidade da bola ou os trajetos mais fáceis em campo para minimizar o gasto desnecessário de energia. Mas irá forçar os atletas a verem que é possível correr tanto quanto o rival mesmo nos 2,8 mil metros de altitude acima do nível do mar na cidade de Quito. 
 
Já no primeiro trabalho com bola, Roger começou sua estratégia. Simplesmente treinou junto aos atletas. A ideia é provar a eles que se o técnico - mais velho e já fora dos gramados - consegue fazer os exercícios, eles conseguirão. Se tiverem a intensidade proposta no campo de treinos, terão ainda mais no jogo. Roger suou muito por seu objetivo, mas saiu satisfeito. 
 
"Serão dias de muito trabalho aqui. Vamos procurar minimizar os efeitos da altitude e proporcionar aos jogadores a melhor aclimatação possível entre treinos físicos, técnicos e táticos", disse o preparador físico Rogério Dias. 
 
O outro jogo em que o Grêmio encarou altitude serve de exemplo. Na partida contra o Toluca, o 'efeito surpresa' também atrapalhou o lado psicológico. Muitos jogadores jamais haviam jogado sob tal efeito. Por isso, ficaram surpresos ao sofrer com as condições existentes por lá. 
 
É possível usar como arma
 
Ainda nas atividades em Quito, a comissão técnica do Grêmio tentará provar a seus jogadores que dá para usar a altitude como arma. A equipe tem por principal característica a troca de passes curtos para abrir a defesa do adversário. Com a bola mais rápida, movimentos desta forma podem até ser positivos. 
 
"Estamos muito confiantes no nosso trabalho. Tivemos mais tempo de treinamento do que no México [para pegar o Toluca]. Podemos conseguir aguentar o jogo na altitude", explicou o meia Giuliano. 
 
O Grêmio irá manter rotina de trabalhos até dia 13, quando ocorre o duelo contra a LDU. O jogo da penúltima rodada do grupo 6 da Libertadores está marcado para as 21h45 (horário de Brasília).