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Corinthians controla pressão com empate e dá desafios para Tite em Itaquera

Tite gesticula no Uruguai, onde Corinthians empatou sem gols com Nacional - AP Photo/Matilde Campodonico
Tite gesticula no Uruguai, onde Corinthians empatou sem gols com Nacional Imagem: AP Photo/Matilde Campodonico

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

28/04/2016 07h56

O empate em Montevidéu foi bem avaliado pelos jogadores do Corinthians e pelo treinador Tite. Por mais que 0 a 0 na ida do mata-mata seja sempre um placar perigoso, a equipe corintiana controlou a pressão imposta pelo Nacional e leva a decisão para seus domínios na próxima quarta (4). Agora, o comandante corintiano tem a missão de recuperar o padrão de jogo para fazer o que é necessário para se classificar: vencer (ouça também a análise de Mauro Beting e Claudio Carsughi no Tabelinha. Clique aqui). 

No Uruguai, o Corinthians teve um índice elevado de posse de bola (em torno de 60%), mas praticamente não criou nada. "A posse de bola a gente teve, mas faltou a escolha do último passe", avaliou o treinador. 

Tite, então, ganhou dois desafios importantes na preparação para o jogo de volta.

O primeiro é fazer o time criar mais, porque no Uruguai foram apenas cinco finalizações. Com Lucca e Alan Mineiro neutralizados, André atuou isolado no ataque, e o Corinthians foi inofensivo. Os uruguaios travaram Fagner e Uendel, o que limitou o jogo corintiano. Um cenário similar ocorreu diante do Audax, no sábado passado, quando a equipe foi eliminada na semifinal do Paulista, em Itaquera. 

O segundo desafio de Tite é aprimorar essas conclusões, já que nenhuma acertou o gol do Nacional. Nas últimas semanas, o comandante corintiano treinou esse fundamento à exaustão e pediu maior precisão aos jogadores. Será um trabalho para os próximos dias, já que a equipe não atua até quarta que vem. 

Um dos pontos que Tite deve trabalhar de forma exaustiva é o lado direito do meio-campo, que não tem o lesionado Giovanni Augusto. O substituto escolhido mais uma vez foi Alan Mineiro, que a exemplo da partida contra o Audax não jogou bem. Marlone também atuou por 30 minutos no setor, e pouco produziu no Uruguai. Para a partida de volta, Giovanni tem possibilidades remotas de jogar, e Marquinhos Gabriel deve estrear no banco de reservas. 

Historicamente, o resultado do Uruguai é um bom indicativo. O Corinthians já foi eliminado nas oitavas de final em seis de suas nove participações na Libertadores, todas elas dentro de casa. Em todas essas ocasiões, entretanto, perdeu a primeira partida.

Para os mais otimistas, há até uma coincidência interessante. Em 2012, o Corinthians encerrou a fase de grupos com goleada de 6 a 0 sobre o Deportivo Táchira-VEN, abriu o mata-mata com um empate sem gols diante do Emelec-EQU e caminhou até o título inédito. Os dois primeiros resultados - 6 a 0 contra o Cobresal-CHI e 0 a 0 com o Nacional-URU - já se repetiram. 

Contra o Nacional, na quarta, o Corinthians terá que vencer para avançar. Empate com gols dará a vaga para o clube uruguaio. Novo 0 a 0 levará a decisão para os pênaltis. Quem vencer o duelo enfrentará Boca Juniors ou Cerro Porteño.