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Libertadores - 2019

Aguirre vive 'montanha russa' no Atlético-MG e inicia semana sob pressão

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

02/05/2016 06h00

Montanha russa. Está é a expressão que melhor define a relação entre o técnico Diego Aguirre e a torcida do Atlético-MG desde a chegada do treinador, no fim de 2015. Após a derrota para o América-MG por 2 a 1, na primeira partida da final do Campeonato Mineiro, o treinador inicia uma semana de jogos decisivos pelo estadual e pela Libertadores pressionado pelas críticas.

“Os triunfos são de todos e as derrotas também. Se no domingo (08) formos campeões [do Mineiro], a responsabilidade é de todos, assim como quarta [na Libertadores]”, disse o treinador após o duelo contra o América-MG.

Aguirre chegou ao Atlético-MG sob desconfiança da torcida após seu trabalho no Internacional, embora tenha eliminado o próprio clube mineiro na Libertadores e alcançado a semifinal do torneio continental.

Desde então, sua relação com os aficionados alternou bons e maus momentos. Ganhou a confiança dos torcedores após bons resultados na Flórida Cup e no início do estadual e da Libertadores. Voltou a ser questionado diante de resultados negativos contra Cruzeiro, Independiente Del Valle e Tricordiano. 

A classificação para a final do Mineiro e o empate contra o Racing, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, serviram como uma espécie de reconciliação com a torcida na semana passada. Mas bastou a derrota para o América-MG para que os questionamentos voltassem com força.

Além dos resultados, a torcida se queixa bastante de algumas decisões do treinador. O número de vezes que a equipe reserva atuou no estadual e as alterações durante as partidas são alguns dos pontos questionados.

Dentre as reclamações, a não escalação do meia Cazares é a principal. O jogador marcou apenas dois gols e deu três assistências em 17 partidas. Mesmo assim caiu nas graças da torcida, a ponto de o treinador ser questionado em todas as partidas sobre tirar o jogador durante o jogo ou deixá-lo no banco reservas. Contra o América-MG, ele ficou fora do 11 inicial, mesmo sem nenhum meia em campo e Aguirre teve de explicar a opção por não começar com o equatoriano.

“Não foi poupado, foi opção técnica. O Cazares jogou praticamente o segundo tempo e é uma opção de mudança. Queria ver o Robinho por dentro e também o Hyuri. São atletas que estão voltando e precisamos de todos para as decisões que temos na semana. Decidi ter o Robinho na frente com Clayton, que veio como uma contratação importante, e temos de dar confiança a ele”, justificou o treinador.

Nesta quarta-feira (04), contra o Racing, mais um estágio da montanha russa que Aguirre vive na Cidade do Galo. É vencer e classificar para subir no conceito da torcida. Caso contrário, a pressão vai ficar cada vez maior.