SP contra mexicanos já teve rixa de Lugano, show de Ceni e gripe suína

O São Paulo venceu o Toluca por 4 a 0 no Morumbi no primeiro jogo válido pelas oitavas de final da Copa Libertadores e tem encaminhada a classificação à próxima fase. Nesta quarta-feira, às 19h15, o time comandado por Edgardo Bauza – que já está no México – definirá a vaga na segunda partida e poderá escrever mais um capítulo de peculiaridades nos enfrentamentos do clube contra mexicanos.

O dia em que Rogério Ceni quase fez 3 gols

O primeiro encontro do São Paulo com um clube mexicano na Copa Libertadores quase marcou o dia em que Rogério Ceni fez três gols em uma única partida. Aconteceu em 1º de junho de 2005, contra o Tigres, no jogo de ida pelas quartas de final, no Morumbi. Ceni marcou dois gols de falta – um em cada canto do goleiro argentino Gustavo Campagnuolo – e depois, quando o placar já mostrava 4 a 0, perdeu um pênalti. Rogério cobrou, mas mandou por cima do gol.

A mesma partida também marcou a lesão que impediria Grafite de disputar o Mundial como titular do São Paulo. O atacante que até então era um dos protagonistas da equipe sofreu grave lesão no joelho e só voltou no fim do ano – participou dos minutos finais do jogo contra o Liverpool, em dezembro do mesmo ano.

Polêmica entre Lugano e Bautista que durou 4 jogos

São Paulo e Chivas Guadalajara se enfrentaram na fase de grupos da Libertadores de 2006, com duas vitórias para o time mexicano, e voltaram a se encontrar na semifinal daquela edição da competição. Nessa etapa, explodiu a faísca que já havia nascido do estranhamento entre o zagueiro uruguaio Diego Lugano e o atacante mexicano Bofo Bautista.

Antes do jogo de volta, no Morumbi, Bautista afirmou: “Zagueiros limitados são assim mesmo, costumam bater para intimidar o adversário. Lugano é um jogador forte e agressivo, mas suas qualidades são as faltas”. O uruguaio esperou o São Paulo vencer por 3 a 0 e se classificar para a segunda final seguida de Libertadores para responder: “O maior castigo do Bautista não é o resultado, é ter que acordar e se olhar no espelho todo dia e ter de conviver com sua personalidade”.

Epidemia coloca São Paulo nas quartas de final

A história marcante de 2009 é justamente a que não existiu: naquele ano, o São Paulo foi direto da fase de grupos para as quartas de final da Libertadores devido a discordâncias sobre o que deveria ser feito para driblar o surto de gripe suína que começava no México.

São Paulo e Nacional, do Uruguai, se opuseram a jogar em solo mexicano depois do surto de gripe suína. O clube do Morumbi enfrentaria o mesmo Chivas Guadalajara, de 2006, enquanto os uruguaios teriam o San Luis pelas oitavas de final do torneio. A Conmebol, então, sugeriu que se mudasse o local dos jogos no México, ou que se realizasse a disputa em partida única.

A Federação Mexicana não aceitou a imposição da Conmebol e, frente a recusa de São Paulo e Nacional – respaldados pela entidade sul-americana –, comunicou que Chivas e San Luis desistiriam da disputa da Libertadores. Os mexicanos criticaram a Conmebol pelo pouco apoio e reclamaram que o regulamento, que previa estritamente uma partida em cada palco, não estava sendo cumprido.