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Blogueiros: Boca e Rosario são rivais mais duros para SP ou Atlético-MG

Tevez tem comandado o Boca Juniors em boa campanha na Libertadores - EITAN ABRAMOVICH/AFP
Tevez tem comandado o Boca Juniors em boa campanha na Libertadores Imagem: EITAN ABRAMOVICH/AFP

Do UOL, em São Paulo

06/05/2016 10h17

Últimos remanescentes do país na Libertadores 2016, São Paulo e Atlético-MG se enfrentam nas quartas de final para definir qual será o único time brasileiro na próxima fase da competição. E o vencedor do confronto não deve ter vida fácil nas etapas seguintes. A maioria dos blogueiros do UOL Esporte avaliaram os demais concorrentes a uma vaga na semifinal e apontaram os argentinos Boca Juniors e Rosario Central como os rivais que prometem dar trabalho na briga pelo título. O Atlético Nacional também é apontado por alguns blogueiros, como Juca Kfouri, como um adversário preocupante para os brasileiros.

Qual rival estrangeiro é o mais preocupante para São Paulo e Atlético-MG?

JUCA

O Atlético Nacional, não só por ter a melhor campanha e decidir em casa, como porque, disparadamente, é o melhor time desta Libertadores. Um time fisicamente forte, de jogadores altos, que jogam fora de casa do mesmo modo que em casa, agredindo o adversário, incansavelmente.

PERRONE

Boca Juniors. Passar pelo Boca sempre é tarefa dura. Imagine então com Tevez em ação. Nenhum jogador da Libertadores deste ano tem tanto potencial para desequilibrar uma partida quanto ele.

MAURO BETING

Rosario. Para sorte do brasileiro classificado, Rosario x Atlético Nacional (equipes que jogaram o melhor futebol até agora) se enfrentam. Ambas sem grande tradição na competição. O Rosario só chegou duas vezes em semifinais – uma no formato novo, em 2001. Mas tem time muito bem treinado, com muita qualidade técnica, variações táticas, lances bem bolados e treinados, e jogadores em boa fase.

JULIO GOMES

Os três times mais complicados são, na ordem, Boca Juniors, Nacional de Medellín e Rosario Central. O Boca, além de muita camisa, tem Tevez. O Atlético Nacional tem a melhor campanha, é líder na Colômbia e faz muitos gols. E o Central joga muito bem o jogo, com variações táticas, posse de bola e jogadores de talento.

Se Boca e Rosario passarem, necessariamente haverá uma semifinal argentina, e quem passar entre os brasileiros terá a sorte de enfrentar justamente o rival teoricamente menos assustador nas semis (Pumas ou Del Valle). É melhor isso do que pegar o Nacional na semi e, depois, o Boca em uma hipotética final.

RAFAEL REIS

Apesar de o Atlético Nacional ser o time de melhor campanha na Libertadores, não há na competição nenhuma equipe mais forte do que o Rosario Central, curiosamente o seu adversário nas quartas de final. Após uma certa dificuldade para transformar domínio territorial em vitórias no início da fase de grupos, o time argentino embalou e não tomou conhecimento do Grêmio nas oitavas.

A equipe dirigida por Eduardo Coudet tem organização tática e talento de sobra. O meia Franco Cervi e o atacante Marco Rubén estão, sem dúvida, entre os melhores jogadores da Libertadores. Pode pegar Atlético-MG ou São Paulo na semi. Certamente, dará muito trabalho a eles.

VITOR BIRNER

São três: Rosario Central, Boca e Atletico Nacional, todos competitivos, mas nenhum consistente em toda a Libertadores. Os invictos colombianos, após elogiável desempenho na fase de grupos, caíram de rendimento diante do limitado e esforçado Huracán. Se classificaram e não convenceram.

Os 'Xeneizes', com atuação mediana, ganharam do Cerro Porteño. A camisa pesada e jogadores acima da média na frente podem desequilibrar, se o coletivo mostrar força. Os rosarinos têm o melhor sistema de criação da Libertadores, com Cervi e Los Celso. 'Taticamente a equipe de 'Chaccho' Coudet é a mais ousada e a que conta com repertório maior.

ANDRÉ ROCHA

Apesar do Atlético Nacional de melhor campanha e trabalho sólido de Reinaldo Rueda, herdeiro de Juan Carlos Osorio, e do Rosário Central, que engoliu o Grêmio com o artilheiro Marco Rúben e intensidade impressionante, é impossível fugir do Boca Juniors.

Sim, clichê quando o assunto é favorito à Libertadores. Pela história. Pela invencibilidade nesta edição. Por ter superado na fase de grupos o Racing que tanto deu trabalho ao Galo. Por Tevez, por Guillermo Schelotto. Porque mete medo mesmo.

MENON

O adversário mais duro para Galo e São Paulo pode estar na fase seguinte: é o Rosario Central. Um time que joga futebol de alto nível, baseado no toque de bola e em força ofensiva. Tem jovens talentosos como Cervi e Locelso e bons zagueiros como Pinola e o artilheiro Donati. Por falar em artilheiro, Marco Rubén é muito efetivo.

O Rosario vai enfrentar o Nacional, de Medellin. Caso perca, não se deve comemorar muito. Os colombianos fizeram uma grande primeira fase, com vitórias muito convincentes. Surpreeendentemente, tiveram dificuldades para eliminar o Huracán, mas, mesmo com a ligeira queda do futebol, são adversários duríssimos para os brasileiros. Do outro lado, o Boca. Com a mística da camisa, com a Bombonera e com Tevez. Contra esses três nada será fácil.

TALES TORRAGA

Vou de Rosario Central. Leva a campo um 4-4-2 coeso armado pelo grande técnico argentino do momento, o "maluco beleza" Chacho Coudet, de 41 anos. Conta com atuações individuais muito positivas. Desde o goleiro uruguaio Sosa, melhor arqueiro da atualidade na Argentina, aos atacantes Marco Ruben e German Herrera.

Ainda vai contar com a volta, em duas semanas, de Marcelo Larrondo, artilheiro do time até romper os meniscos, em março. E se dá ao luxo de deixar no banco o badalado Lo Celso, o "Riquelme do século 21", futuro parceiro de Di Maria no PSG. Sem falar na torcida mais fervorosa da Argentina e um caldeirão tão intimidador quanto a Bombonera.