Topo

Del Valle apronta sobre o Boca na Bombonera e está na final da Libertadores

REUTERS/Marcos Brindicci
Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci

Do UOL, em São Paulo

14/07/2016 23h41

Um conto de fadas de 20 anos está próximo de seu clímax. Campeão da terceira divisão equatoriana em 1997, o Independiente Del Valle está na final do principal torneio continental da América do Sul. Em plena Bombonera, o caldeirão do Boca Juniors, a equipe equatoriana venceu por 3 a 2 e garantiu vaga na decisão, onde enfrentará o Atlético Nacional (COL).

Caicedo, Angulo e Cabezas foram os responsáveis por acabar com o sonho do heptacampeonato do Boca Juniors. Pavón abriu o placar para o time argentino, que ainda teve um pênalti perdido com Lodeiro.

A eliminação do Boca Juniors representa também uma quebra de hegemonia no futebol da América do Sul. Pela primeira vez desde 1991, a final da Libertadores não terá um representante de Argentina ou Brasil.

Um fio de esperança

Pavón comemora gol do Boca contra o Independiente Del Valle - REUTERS/Marcos Brindicc - REUTERS/Marcos Brindicc
Imagem: REUTERS/Marcos Brindicc

O Boca Juniors precisou de apenas três minutos para conseguir reverter a situação. E contou com uma bela ajuda da defesa equatoriana para isso. Após cruzamento de Fabra, três jogadores do Del Valle ficaram olhando a bola passar pelo meio da área e Pavón aparecer de carrinho para mandar para o fundo das redes.

O começo do fim na Bombonera

Luis Caicedo comemora gol do Independiente del Valle contra o Boca Juniors - Marcos Brindicci/Reuters - Marcos Brindicci/Reuters
Imagem: Marcos Brindicci/Reuters

1 a 0 na temida Bombonera parecia o cenário ideal para a eliminação de modesto Independiente Del Valle. Mas aos 24 minutos do primeiro tempo a história começou a mudar: em cobrança de escanteio, a bola sobrou para Caicedo na grande área, que acertou o ângulo de Orión e empatou o jogo.

Sonho do hepta acaba em dois minutos

Bryan Cabezas comemora gol marcado para o Indendiente Del Valle contra o Boca - AP Photo/Natacha Pisarenko - AP Photo/Natacha Pisarenko
Imagem: AP Photo/Natacha Pisarenko

Aos 4 minutos do segundo tempo, o que era esperança virou incredulidade. Sornoza achou Cabezas na esquerda, que avançou em velocidade, invadiu a área e chutou prensado com Orión. A bola morreu no fundo das redes do goleiro do Boca.

E foi o próprio Orión que colocou a pá de cal nas esperanças do Boca. O goleiro errou ao tentar sair jogando e a bola ficou para Angulo, que conseguiu evitar o corte do arqueiro e tocou para o gol livre.

O desespero em busca do gol

Daniel Azcona defende o pênalti cobrado por Nicolás Lodeiro na partida Boca Juniors x Independiente del Valle - Marcos Brindicci/Reuters - Marcos Brindicci/Reuters
Imagem: Marcos Brindicci/Reuters

Com 3 a 1 contra, o Boca Juniors partiu desesperado em busca de ao menos mais um gol. E foram duas chances incríveis antes de conseguir. Na primeira, aos 25 minutos, Lodeiro cobrou mal um pênalti e Azcona fez fácil defesa. Oito minutos mais tarde, um lance impressionante: Pavón tocou na saída do goleiro, mas Mina tirou a bola em cima da linha. Na sobra, Benedetto chutou, mas a bola explodiu na defesa e saiu em linha de fundo.

Somente aos 45 minutos do segundo tempo Pavón conseguiu estufar as redes de Azcona. O camisa 7 ficou com a bola na esquerda, levou para o meio e chutou no canto esquerdo do goleiro do time equatoriano.

Ídolo sempre presente

Diego Maradona acompanha partida Boca Juniors x Independiente del Valle na Copa Libertadores da América - Marcos Brindicci/Reuters - Marcos Brindicci/Reuters
Imagem: Marcos Brindicci/Reuters

A partida contou com uma presença ilustre nos camarotes da Bombonera. Diego Maradona, ídolo do Boca Juniors, esteve acompanhando seu time do coração. Antes do jogo, os torcedores cantaram o nome do “El Pibe de Oro”. Maradona, no entanto, deixou o estádio antes do fim da partida, desapontado com o resultado.

Empolgação toma conta do presidente

 

A empolgação no Equador com a classificação do Independiente del Valle atingiu até o presidente equatoriano, Rafael Correa. Em seu Twitter, o chefe de Estado escreveu “Azcona presidente”, em referência ao goleiro da equipe, que fez grandes defesas e ainda defendeu um pênalti cobrado por Lodeiro.

Opinião do “Patadas y Gambetas”

“Já é dos maiores 'Bombonerazos' da história. Lamentaram, em casa, uma eliminação em semifinal para um clube do Equador. E 20 dias depois de perder uma Copa América para o Chile. Está cada vez mais para trás o tempo em que Argentina, Brasil e Uruguai formavam o fixo 'trio do ferro' do continente”.