Cinco pontos que mostram os acertos de Eduardo Baptista na Argentina
A boa atuação do Palmeiras diante do Atlético Tucumán, no empate por 1 a 1 pela estreia na fase de grupos da Copa Libertadores da América, contou com a colaboração do técnico Eduardo Baptista. Ainda tratado sob desconfiança por torcedores e opinião pública, o treinador tomou medidas que ajudaram no duelo na Argentina.
Mesmo diante de uma situação extremamente adversa – nascida com a expulsão precoce do zagueiro Vitor Hugo aos 24min da primeira etapa -, Eduardo Baptista recompôs o Palmeiras com dez homens e, nas oportunidades criadas, dominou o jogo fora de casa.
Veja logo abaixo, cinco pontos que apontam o trabalho de Eduardo Baptista em San Miguel de Tucumán, que voltou a ser alvo de críticas de torcedores palmeirenses nas redes sociais.
Escalação de Thiago Santos
A escalação de Thiago Santos reforçou a marcação na entrada da área e o jogador ainda deu a assistência para Keno anotar o gol palmeirense no empate. De acordo com número do Footstats, divulgados após o jogo, o camisa 21 terminou o confronto como o mais eficiente nos desarmes (três).
A opção de Eduardo Baptista por manter colocar outro zagueiro e manter Thiago Santos na linha de meio-campo foi elogiada, inclusive, pelo experiente Zé Roberto.
“Infelizmente, perdemos um homem de defesa, e é sempre difícil jogar com um a menos. Mas logo depois o professor Eduardo entendeu que tinha de fechar as linhas e tentamos contra-atacar; criamos situações, e acho que merecíamos ter saído daqui com três pontos”, destacou.
Pode cruzar, Tucumán
Embora tratado como a principal arma do Atlético Tucumán desde o início da preparação, o cruzamento para a área tornou-se a única arma dos argentinos diante do Palmeiras. A escalação de dois volantes postados logo à frente da zaga obrigou o limitado adversário a apenas apostar no ‘chuveirinho’. Com quatro atletas altos no sistema defensivo (Thiago Santos, Felipe Melo, Antônio Carlos e Edu Dracena), os 42 cruzamentos se mostraram ineficientes.
Manutenção de Keno
A expulsão de Vitor Hugo, ainda no primeiro tempo, resultou em uma decisão difícil para Eduardo Baptista. Afinal, quem tirar para recompor a zaga? O treinador abdicou da experiência de Michel Bastos e manteve Keno dentro de campo, e o camisa 29 terminou como um dos destaques tanto no ataque quanto na defesa: anotou o gol palmeireise e ainda se igualou a Thiago Santos como quem mais desarmou.
Dudu com liberdade
Mesmo com dez homens após a expulsão de Vitor Hugo, Dudu encontrou a liberdade necessária para ser o principal apoio a Miguel Borja, o homem da referência. Dudu terminou como o maior criador de jogadas do Palmeiras na partida – foram três passes para finalizações, dois deles para Miguel Borja, que teve nos pés a chance de dar a vitória ao clube palestrino.
Espírito de Libertadores
Eduardo Baptista expôs nos vestiários o espírito necessário para o Palmeiras sair da Argentina satisfeito. Quase que em unanimidade, a equipe entendeu – a exceção foi Vitor Hugo, que passou do ponto ainda na primeira etapa e acabou expulso pela arbitragem.
“A equipe comprou a maneira de jogar da Libertadores. Tivemos serenidade e concentração para marcar e sair nos contra-ataques, que é o que restou para a gente”, destacou o treinador.
Este espírito, crescido ainda mais depois de o Palmeiras ficar com dez homens, acabou abraçado por todo o elenco. “Esse empate tem sabor de vitória e vai para o nosso amigo e guerreiro Vitão. Vamos lá, que a Libertadores está apenas começando", disse Felipe Melo.
Zé Roberto também gostou. "Acho que a gente sai daqui com o dever cumprido, por termos nos entregado ao máximo, e acho que a equipe está toda de parabéns."
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