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Para superar retranca boliviana, Atlético aposta na pressão feita no Horto

Ronaldinho Gaúcho fez contra o Nacional, do Paraguai, em 2014, um gol aos 20 min do 1º T - AFP PHOTO / Douglas Magno
Ronaldinho Gaúcho fez contra o Nacional, do Paraguai, em 2014, um gol aos 20 min do 1º T Imagem: AFP PHOTO / Douglas Magno

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

12/04/2017 04h00

Os números do Atlético-MG no Independência impressionam. Já são mais de cem vitórias desde que o estádio foi reinaugurado, em abril de 2012. Foi no Horto que o clube reencontrou o caminho das grandes vitórias, tornando o local um verdadeiro caldeirão. Foi lá que a equipe atleticana fez quase toda a vitoriosa campanha na Copa Libertadores de 2013, com exceção feita à final, disputada no Mineirão por força de regulamento.

Nesta quinta-feira, contra o Sport Boys, da Bolívia, o Atlético vai disputar sua 19ª partida pelo torneio continental no Horto. O retrospecto é muito bom, com 13 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, que aconteceu para o Atlas, do México, na edição 2015. Um dos motivos que explicam o aproveitamento de quase 80% dos pontos disputados por lá é o começo do jogo do Atlético.

No futebol existe uma velha máxima de que o time local vai pressionar nos primeiros minutos da partida. E é justamente isso que o Atlético faz quando atua no Independência em jogos da Libertadores. Das 18 partidas pelo torneio disputadas no estádio até o momento, entre 2013 e 2016, o time alvinegro fez um gol até o 20º minuto de jogo em 14 oportunidades.

“Sabemos que somos fortes dentro da nossa casa, mas para isso temos de nos impor, como nos jogos anteriores, envolvendo o adversário e, quem sabe, com um gol no começo da partida. Libertadores não tem jogo fácil, mas estamos trabalhando bem e creio que temos tudo para fazer uma grande partida. É minha estreia como titular. Espero poder fazer tudo o que o Roger pediu e tudo o que sei”, comentou o meia-atacante Luan, deixando claro que mais uma vez o Atlético vai tentar se impor nos primeiros minutos de jogo.

Fazer isso vai ser importante no jogo contra o Sport Boys. Pelo o que a comissão técnica atleticana tem de material sobre o adversário desta quinta-feira, a expectativa é um rival bastante fechado. Para o lateral direito Marcos Rocha, o jeito de superar a retranca adversária é pressionando desde o começo para fazer um gol e ter maior tranquilidade no restante da partida.

“A equipe deles deve congestionar o meio campo. Deve jogar aqui com três zagueiros e seis jogadores no meio. Por isso vamos ter espaço para atacar pelas beiradas. Temos de ter tranquilidade para defender, pois quando tivermos com a bola, vamos ter liberdade total para atacar”, disse o jogador.

Dos 14 jogos no Independência pela Libertadores em que o Atlético fez gol antes dos 20 minutos, em apenas três oportunidades o time mineiro não saiu vitorioso. Duas vezes na edição 2014, contra Nacional, do Paraguai, e Atlético Nacional, da Colômbia, e uma vez em 2015, contra o Internacional. Neste último, o Atlético já estava perdendo o jogo por 1 a 0 quando conseguiu o empate rápido com o lateral esquerdo Douglas Santos.

Maior artilheiro do Independência desde a reconstrução, Jô é também o jogador do Atlético com mais gols no Horto até o minuto 20. O atacante marcou três vezes nos começos das partidas, duas contra o São Paulo (ambas em 2013) e outra contra o Zamora, no ano seguinte.

Lucas Pratto (Colo-Colo e Independiente Del Valle), Carlos (Santa Fe e Racing) e Cazares (Colo-Colo e São Paulo) também aparecem na lista dos artilheiros relâmpagos do Atlético, com dois gols cada um nos primeiros minutos dos jogos no Independência. Diego Tardelli (Arsenal), Bernard (Newell’s Old Boys), Ronaldinho Gaúcho (Nacional-PAR), Fernandinho (Atlético Nacional) e Douglas Santos (Internacional) completam a lista dos goleadores alvinegros nos começos dos jogos no Horto.