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Em 1º reencontro após desabafo, E. Baptista diz: 'Precisava fazer isso'

Eduardo Baptista reencontrou a imprensa depois do desabafo no Uruguai - Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Eduardo Baptista reencontrou a imprensa depois do desabafo no Uruguai Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

01/05/2017 12h10

Eduardo Baptista voltou a falar na manhã desta segunda-feira, no primeiro reencontro com a imprensa desde o desabafo realizado no Uruguai, depois da vitória de virada por 3 a 2 sobre o Peñarol, pela Copa Libertadores da América. Mais ‘leve’ depois das declarações fortes da última semana, o treinador decretou a ‘página virada’ sobre o assunto.

A irritação do treinador do Palmeiras acabou exposta após o jogo no Uruguai, marcado pelo confronto generalizado no gramado e nas arquibancadas. Antes dos atos de violência, o comandante desabafou contra um post do Blog do Juca Kfouri, e nesta segunda-feira admitiu que as palavras vieram como uma maneira do próprio se defender.

“Agora é página virada. Sou um cara do bem. Zerou. Precisava fazer isso. Agora quero apenas focar daqui para a frente”, disse Eduardo Baptista, que reconheceu ter fugido do tom que geralmente adota nas entrevistas desde a chegada na Academia de Futebol.

“A gente guarda, traz as coisas, e quero estar aí sempre o mais equilibrado possível. Foi uma decisão minha, sou um cara muito correto e honesto; procuro fazer as coisas certas. Mas, quando machuca o homem, é complicado. Preciso olhar para a cara do meu filho e da minha filha de 20 anos, que acompanha tudo o que falam”, acrescentou.

“Se perdeu ou ganhou, é do jogo. Mas tenho caráter e um pai [Nelsinho Baptista] que me acompanha, quero deixar um exemplo muito grande. O desabafo foi por isso. Agora é página virada”, decretou o comandante palestrino.

Depois de cinco dias para ver as imagens e refletir sobre todo o ocorrido no Estádio Campeón Del Siglo, Eduardo Baptista quer carregar apenas o lado positivo da situação vivida em Montevidéu. Seja na conversa com a imprensa ou no ocorrido dentro das quatro linhas, com a perseguição de atletas do Peñarol aos palmeirenses.

“Isso serviu para nos juntarmos mais. Agora é tirar o lado bom de tudo isso para a sequência na Libertadores. (...) Foi um jogo diferente em todos os sentidos. Uma mudança de postura de um tempo para o outro. Uma virada importante. Desde 1973 não se ganhava lá no Uruguai, isso é importante, uma marca histórica”, destacou Eduardo Baptista.

“Infelizmente tudo aconteceu depois. Vivemos momento de medo, a gente viu o portão fechado. As coisas poderiam ficar ruins. Isso serviu para nós”, complementou o treinador, que viaja na manhã desta terça-feira, com a delegação palmeirense, rumo a Cochabamba, palco do duelo contra o Jorge Wilstermann-BOL, pela quinta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores.