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Libertadores - 2019

Derrota expõe falha em montagem de elenco e dependência por Bruno Silva

Botafogo não tem reserva para a ausência de Bruno Silva e precisa mudar esquema - Vitor Silva/SSPress/Botafogo
Botafogo não tem reserva para a ausência de Bruno Silva e precisa mudar esquema Imagem: Vitor Silva/SSPress/Botafogo

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

03/05/2017 04h00

Desde o ano passado, o Botafogo sofre com a falta de extremos. Na base da improvisação, a equipe conseguiu se virar. Na direita, Bruno Silva faz função mais defensiva. Na esquerda, Rodrigo Pimpão, por sua vez, é mais ofensivo, mesmo com a obrigação de fechar a segunda linha do meio de campo.

Com o fim da temporada, esperava-se que o Botafogo resolvesse seus problemas com algumas contratações pontuais. Porém, além de não sanar suas necessidades, o Alvinegro ainda perdeu jogadores que poderiam fazer tal função, como o lateral esquerdo Diogo Barbosa, que se transferiu para o Cruzeiro.

O Botafogo trouxe Montillo, João Paulo e Guilherme, além do goleiro Gatito Fernandez. Dos três, apenas o atacante emprestado pelo Grêmio tem sido utilizado como extremo e, mesmo assim, na vaga de Rodrigo Pimpão, devido às semelhanças entre eles.

Assim, Bruno Silva iniciou sua segunda temporada consecutiva no Botafogo como titular absoluto e sem ter um reserva com características parecidas. Na sua ausência, o técnico Jair Ventura precisa mudar a forma da equipe jogar, como ocorreu na última terça-feira, na derrota por 2 a 0 para o Barcelona de Guayaquil-EQU, no Estádio Nilton Santos. Clique aqui e veja os gols da partida.

“Nesses 50 jogos que tenho, não jogamos só em um esquema. Perdemos o Bruno (Silva), e não tenho outro jogador com essa característica. Ou eu engesso o esquema com outro jogador ou faço o que fiz em casa contra os outros, com dois volantes”, explicou Jair Ventura após a derrota.

Escolhido para substituir Bruno Silva, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Guilherme não deu a mesma consistência no meio de campo. No segundo tempo, então, quando Roger entrou no lugar de Camilo, o meio campo ficou ainda mais ‘largado’. Era possível ver um 4-2-4 em determinados momentos, já que Pimpão e o próprio Guilherme já não aguentavam mais fazer a recomposição.