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Maior arma virou pesadelo: Palmeiras sofre com bolas aéreas na Libertadores

Eduardo Baptista já testou várias opções e não encontra segurança na defesa - Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Eduardo Baptista já testou várias opções e não encontra segurança na defesa Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Do UOL, em São Paulo

04/05/2017 04h00

Principal arma do Palmeiras no título do Brasileirão do ano passado, a bola aérea virou um pesadelo para Eduardo Baptista, especialmente na Libertadores. Sete dos oito gols sofridos na competição foram originados de cruzamentos na área.

Veja os gols da partida

No ano passado, foi justamente com essa receita que os palmeirenses se consolidaram como campeões nacionais. A equipe alviverde fez 16 gols com bolas alçadas e liderou esse quesito entre os 20 participantes, com direito até ao apelido de "Cucabol" quando a origem dos gols era um lateral arremessado diretamente para a área.

Embora tenha culpado o gramado pela derrota no último jogo, Eduardo Baptista sabe que "o feitiço virou contra o feiticeiro" e procurou soluções de diferentes formas para parar de sofrer gols por cima. Ele já promoveu mudanças tanto no esquema tático quanto na escalação, mas não obteve sucesso.

Mina fez o gol de empate do Palmeiras contra o Peñarol - AP/Matilde Campodonico - AP/Matilde Campodonico
Mina e demais zagueiros não têm sido eficiente na defesa de bolas aéreas
Imagem: AP/Matilde Campodonico

Na hora de formar o time para a quarta rodada, contra o Peñarol, em Montevidéu, o treinador chegou a escalar três zagueiros entre titulares com a justificativa de melhorar a defesa pelo alto. De nada adiantou: em 45 minutos, os uruguaios fizeram dois gols em cima de Mina, Edu Dracena e Vitor Hugo e o esquema foi desfeito para o restante do jogo.

Por sorte, a equipe conseguiu a famosa virada que terminou em briga e somou os três pontos. Foi também de virada a vitória contra o mesmo Peñarol em São Paulo. Na ocasião, a equipe havia sofrido mais dois gols também em bolas aéreas.

Contra o Wilstermann, na última quarta-feira, o Palmeiras sofreu três gols: o único deles sem ter o cruzamento como origem foi o golaço de fora da área de Machado. Nos outros dois, sofreu com a cabeçada de Cardozo em cima de Vitor Hugo e viu Jean errar o tempo de bola no cruzamento e forçar Prass a cometer pênalti.

Logo na estreia, em jogo na Argentina, o Atlético Tucumán também já havia feito gol com Zampedri em cruzamento de meia altura. O atacante dividiu com Dracena e levou a melhor.

Eduardo Baptista agora vê sua equipe voltar a jogar apenas no dia 14 de maio, na estreia do Brasileirão, contra o Vasco. Serão dez dias para corrigir os erros do time que atua na Libertadores diante do Tucumán apenas no dia 24 de maio.