Mandante na ida com Santos, Atlético-PR revê drama de 2005 na Libertadores
Sem acordo com a Conmebol para o adiamento da partida de ida das oitavas da Libertadores e com a recusa da mesma confederação em adiar as partidas a pedido dos argentinos na competição, o Atlético Paranaense reviverá o drama da final da Libertadores de 2005 no duelo com o Santos. Com a Arena da Baixada locada para a FIVB (Federação Internacional de Vôlei) para as finais da Liga Mundial, resta ao clube sair de sua praça para mandar a partida nos dias 4, 5 ou 6 de julho.
Naquele ano, o Furacão chegou a final da Libertadores contra o São Paulo e foi alijado de mandar o jogo na Arena da Baixada, então com capacidade para menos de 40 mil pessoas, mesmo com o implemento de arquibancadas tubulares similares às usadas na Arena Corinthians na Copa 2014 e com liberação do Corpo de Bombeiros. A Conmebol marcou o jogo para o Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Desta vez, mesmo com seu estádio comportando a capacidade mínima, acabará saindo de Curitiba por ter alugado a praça.
Isto por que o regulamento da Conmebol para a Libertadores exige um mínimo de 20 mil lugares para as partidas das oitavas e das quartas de final. O Atlético teria então duas opções em Curitiba, os estádios de Coritiba e Paraná Clube. Rival histórico, o Coxa vê em sua torcida uma cobrança forte à diretoria para que não se alugue o estádio, como ocorrera em 2005 – no entanto, à época, o Coritiba lançou mão de um laudo que comprovava que o Couto Pereira não comportava 40 mil espectadores.
Já a Vila Capanema, que foi utilizada pelo Furacão na Libertadores 2014 por conta das obras para a Copa do Mundo, hoje não comporta as 20 mil pessoas necessárias, de acordo com um laudo da Federação Paranaense. A capacidade máxima é de 14.660 pessoas, o que impede que o estádio seja o indicado pelo Atlético para a partida.
O Santos, por sua vez, já deu indícios de que deve mandar o jogo na Vila Belmiro. Apesar de se venderem apenas cerca de 16 mil ingressos para o estádio santista, o laudo oficial no site da Federação Paulista indica capacidade de 21.360 pessoas.
Se a diretoria do Atlético não convencer à do Coritiba a alugar o estádio ou não promover algum implemento na Vila Capanema, restarão ao clube duas alternativas. Ou um acordo com o Santos para o adiamento do jogo, com anuência da Conmebol, o que pode acontecer nas reuniões entre os 16 clubes das oitavas nesta quinta, para o início das oitavas apenas em agosto, ou mandar o jogo no Estádio do Café, em Londrina ou na Arena Joinville, a opção mais próxima.
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