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Levir assume culpa por eliminação, mas defende escalação de L. Donizete

Levir Culpi disse que Leandro Donizete é campeão da Libertadores: "tem que respeitar" - Marcello Zambrana/AGIF
Levir Culpi disse que Leandro Donizete é campeão da Libertadores: "tem que respeitar" Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

21/09/2017 00h59

O técnico Levir Culpi assumiu a culpa pela eliminação do Santos na Copa Libertadores da América. A equipe santista perdeu para o Barcelona-EQU por 1 a 0, nesta quarta-feira, na Vil Belmiro, e caiu na fase de quartas de final. Levir disse que falhou e lamentou a ausências de Lucas Lima e Renato. No entanto, o treinador defendeu a escalação e atuação do volante Leandro Donizete.

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Após o jogo, em meio a confusão com a Polícia Militar, os torcedores deixaram a Vila Belmiro reclamando bastante da escalação de Alison e Leandro Donizete juntos no meio-campo.

“A responsabilidade é minha totalmente na escalação. Falhei, não sei aonde, mas perdemos dois jogadores que dão muito equilíbrio ao sistema, Renato e Lucas Lima, então se você me disser que outra substituição seria melhor digo que perderíamos por dois, três, também. O técnico tem que resolver, então não tenho remorso algum. Tomamos um gol de cruzamento, como foi no primeiro jogo, não vejo nada de muito diferente disso”, afirmou Levir Culpi.

“Donizete é campeão da Libertadores, tem que respeitar os atletas mesmo que não tenham feito uma grande apresentação. 0 a 0 era nosso, para que dar campos para eles. Libertadores tem que marcar e puxar contra-ataque, já estávamos com uma vantagem com dois pontas ainda. Terminou a partida aparece o pessoal da escalação certa. Não conseguimos puxar os contra-ataques, mais por não ter o Renato e o Lucas, jogadores com características diferentes, o Vecchio sem um ritmo de jogo tão forte”, completou.

Levir Culpi escalou Alison e Leandro Donizete e só abriu mão da dupla de volantes brucutus após sofrer o gol aos 23 minutos do segundo tempo. Antes disso, ele havia trocado Vecchio por Jean Mota. Depois do gol, ele colocou Kayke e o zagueiro Noguera. O treinador foi questionado se a entrada do zagueiro mostrou certo desespero da comissão técnica.

“Pode até chamar de desespero, mas tivemos que cruzar bolas na área. O Noguera entrou e cabeceou duas vezes, até poderia ter saído o gol de empate, ali foi uma substituição mais intuitiva, mais na pressão. Não tivemos uma boa coordenação de jogo, foi nisso que pecamos, não há muito o que lamentar porque venceram com capacidade, mereceram o resultado”, disse.

Levir Culpi comentou também a cusparada do atacante Bruno Henrique no volante Gabriel Marques no fim da partida - o adversário revidou com uma agressão e também foi expulso.

“Não vi o lance, não vi isso, estou sabendo agora através de vocês. Isso explica uma certa perda de equilíbrio profissional já previsto, também. Explica uma certa perda de equilíbrio emocional que estava previsto, também. Eles prenderam o jogo uns 10 minutos, conversaram com o árbitro, são espertos. E nós demos até uma mostra de imaturidade. Se considerarmos a história do futebol brasileiro e do futebol equatoriano ficamos muito chateados pela malandragem que não é tão conhecida”, concluiu.

Eliminado na Copa Libertadores da América, o Santos disputa agora somente o Campeonato Brasileiro. Na próxima rodada, a equipe santista encara o Atlético-PR, neste sábado, às 21h (de Brasília), em jogo válido pela 25ª rodada.