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Presidente do Grêmio vê Lanús parecido com time gaúcho: "Muito duro"

Lucas Uebel/Divulgação Grêmio
Imagem: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

02/11/2017 13h39Atualizada em 02/11/2017 15h30

Para o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr., as finais da Libertadores serão muito duras. De volta a decisão após 10 anos, o Tricolor enfrenta o Lanús-ARG e nas palavras do dirigente encara uma equipe que é quase idêntica a sua. As características e o perfil do time fazem o alarme piscar na Arena. O cuidado é com a vontade dos argentinos.

O primeiro jogo da final será em Porto Alegre, no dia 22 de novembro. A finalíssima acontecerá em 29 de novembro, na Argentina.

"(Vai ser uma final) Dura. Muito dura. Muito difícil. O Lanús a gente sabia pela característica muito simples. Muito coletivo. Muito forte. Pela desenvoltura, tranquilidade e consciência de jogar. Isso deu lustro, mas o título do campeonato argentino. Isso credenciou o Lanús", comentou Bolzan Jr.

Além da inédita classificação à final, o time argentino gera uma dor de cabeça pela maneira que conseguiu a vaga: protagonizando uma virada histórica diante do River Plate. O confronto chegou a estar 3 a 0 em favor do clube de Buenos Aires, no agregado, e terminou 4 a 3 para o 'Granate'.

"Eles ganharam do River por ter mais vontade de ganhar. Isso deverá se reproduzir no próximo jogo. Vamos ter o mesmo nível de dificuldade que seria contra o River. O Lanús venceu por absoluto mérito. Primeiro por não ter tomado mais gols na primeira partida. Segundo por ter revertido. E terceiro por manifestar muito mais vontade. Fiquei até surpreso com o River, que foi esmagado pelo Lanús. Isso nos abre o sinal vermelho, vamos ter muito mais cuidado e vamos de avaliar muito bem o adversário. A final poderia ser mais charmosa com River e Grêmio, mas a final será muito mais disputada com Lanús e Grêmio", disse o dirigente.

Grêmio e Lanús somaram 13 pontos na fase de grupos, mas o time argentino ficou com saldo melhor (em reflexo do WO aplicado na partida diante da Chapecoense, pela escalação de Luiz Otávio) e com isso terá a vantagem de jogar a final em casa. No campo, no jogo, os times se assemelham. Pelo menos essa é a opinião da alta cúpula do Tricolor.

"Não vejo muita distinção. Vejo até semelhanças. Vejo jogadores maduros, experientes, perseverantes. Conscientes. Com esquema definido. Tudo isso reflete um time que nós vimos o que fez. E isso tudo podemos transportar ao time do Grêmio. São times muito parecidos. E heróicos, que buscam o que precisam. E por isso nos fazem projetar jogos parelhos. E também têm grife. A Libertadores sempre se caracterizou por muita disputa. O que faz ela é vontade, superação total aliada à parte técnica, um time bem armado. Isso decide", avaliou Bolzan Jr.