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Vilão em duas Libertadores pode jogar final recuperado por Renato Gaúcho

Bressan pode ser titular do Grêmio no jogo decisivo de quarta, na vaga de Kanemann - Lucas Uebel/Grêmio
Bressan pode ser titular do Grêmio no jogo decisivo de quarta, na vaga de Kanemann Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Do UOL, em Porto Alegre

25/11/2017 04h00

Se o trabalho de bastidores não der certo e o Grêmio não conseguir escalar Kannemann no jogo de volta da final da Libertadores, caberá a Bressan ser titular do time. Com passado de vilão em Libertadores, o zagueiro conta com apreço de Renato Gaúcho para resgatar de vez sua imagem.

Ele tinha 20 anos, havia chegado do Juventude há poucos meses, e já teve que atuar em jogo decisivo na Libertadores. Em Bogotá, contra o Santa Fé nas oitavas de final da Copa de 2013, Bressan ocupou a vaga do expulso Cris. Para o Grêmio seguir naquela edição da competição bastava não sofrer gols, pois havia vencido o duelo de ida por 2 a 1 na Arena. Não aconteceu.

No segundo tempo, Medina entrou na área após tabela, Bressan saiu para abafar a jogada e acabou driblado. Quase na marca do pênalti, o jogador empurrou para a rede de Dida e decretou o avanço dos colombianos. De toda forma, Bressan não foi culpado único. A falha coletiva que proporcionou a aproximação do jogador segregou a responsabilidade no tento sofrido. Mas não foi o mesmo que ocorreu três anos mais tarde.

Com muitos problemas na zaga em 2016, o Grêmio precisou escalar a dupla Bressan e Fred no duelo de ida das oitavas de final contra o Rosario Central. E um cruzamento da intermediária acabou com falha de ambos e gol de Marco Ruben. O placar de 1 a 0 na Arena combinado com 3 a 0 na Argentina arrancou o Tricolor daquela Libertadores.

Bressan esteve emprestado ao Peñarol, do Uruguai, viveu momentos complicados no clube, mas voltou ainda sob desconfiança. A fase só foi amenizada a partir de Renato Gaúcho. Foi o treinador que resgatou o jogador, refez sua relação com a torcida e hoje acredita poder escalá-lo no jogo mais importante dos últimos dez anos do Grêmio.

"Quando vim de Caxias em 2013, sabia que teria momentos bons e ruins. Estava disposto a lutar por eles. Sempre procurei me doar ao máximo, sei do peso dessa camisa. Agora na final da Libertadores, e lá em 2013 sempre foi meu sonho. Agora é oportunidade de disputar a maior competição da América na final. Colocar em prática. Tudo pode acontecer na final", disse na última semana. "É importante sempre estarmos todos preparados. O Renato sempre fala isso: não dá para baixar a guarda porque a chance aparece e sabemos da responsabilidade que é a final da Libertadores. Temos que ter esta tranquilidade, sabendo que o trabalho é bem feito", completou.

A resposta da Conmebol sobre o pedido de liberação de Kannemann, protocolado na última sexta-feira, será apresentada apenas na segunda. Internamente, o Grêmio nutre expectativa baixa de reverter o amarelo.

Por ter vencido o jogo de ida por 1 a 0, o Grêmio joga por qualquer vitória ou empate contra o Lanús, na próxima quarta, no estádio La Fortaleza. Derrota por um gol de vantagem, independentemente do placar, leva a decisão para a prorrogação e depois pênaltis. Derrota por dois ou mais de diferença dá a taça aos argentinos.