Tensão, lágrimas e festa no intervalo: O título do Grêmio em Porto Alegre
O Grêmio é tricampeão da Libertadores. Nesta quarta-feira (29), bateu o Lanús por 2 a 1, na Argentina. Mas em Porto Alegre o título ecoou. Numa grande festa organizada na Arena, 35 mil aficionados vibraram, choraram e venceram a tensão com os gols logo no primeiro tempo.
Veja os melhores momentos da partida
Começou cedo
A festa dos gremistas começou cedo. Com portões abertos às 19h, teve gente que se antecipou muito. Encontraram o gramado da Arena coberto por placas e o palco montado para o show. Mal sabiam eles que de fato viria, horas mais tarde. Do lado de fora, faixas e cartazes antecipavam o título que viria mais tarde.
Tensão, um pouco
Teve tensão. Mas por pouco tempo. Nos minutos que antecederam o jogo, enquanto a Arena ficava repleta de aficionados, os torcedores rezavam, colocavam as mãos para o céu como se pedissem proteção para o time que jogava tão longe. Mesmo em vantagem pela vitória conquistada exatamente no mesmo local em que estava, o clima era pesado.
Aqui é Grêmio! Fernandinho abre caminho
Com o Grêmio bem no jogo, não demorou para o primeiro gol sair. E a Arena, que antes mostrava-se tensa, explodiu em alegria. Foram copos de cerveja que tomaram os ares, sinalizadores as cadeiras, gritos, abraços, choro e muita vibração. Calma? Nada disso. Era só 1 a 0. "Aqui é Grêmio", gritavam os torcedores segurando forte a camisa tricolor como quem agarra a taça.
Marcelo Grohe derruba o telão
Tão logo o Grêmio marcou o primeiro gol, o Lanús teve uma oportunidade de falta. Herrera bateu no ângulo direito e Marcelo Grohe saltou para fazer a defesa. Foi tão importante que o telão de 220 m² montado na arquibancada norte da Arena não suportou. O sinal caiu, para receio geral, mas voltou em seguida.
Luan antecipa festa
Mas minutos mais tarde viria a festa. Luan, com toda categoria e técnica que tem, entrou driblando na área argentina e encobriu o goleiro Andrada. Incrédulos de tamanho golaço, os gremistas se dividiram entre lágrimas e gritos. Houve quem apenas colocasse a mão na cabeça e, com semblante atônito, exclamasse: "Que golaço, que golaço". E foi mesmo. A festa, ali, tornou-se tranquila e calma.
Fim de jogo? Não. Apenas o intervalo
O juiz apitou o fim dos 45 iniciais, mas era como se o jogo tivesse terminado. A Arena virou pista de dança. As músicas da torcida ecoaram pelo sistema de som. Era como se o título já tivesse vindo. E estava, ao menos, muito bem encaminhado.
Segundo tempo seguro e lágrimas
No segundo tempo, lágrimas aos olhos, torcedores ajoelhados e mãos aos céus. Mesmo com Lanús em cima, o time brasileiro foi seguro, impossibilitando o mesmo controle dos seus torcedores. Choro, gritos, vibração.
Silêncio no gol de Sand
O gol de Sand, aos 27 minutos do segundo tempo, silenciou por alguns instantes a Arena. Na memória, o que o Lanús fez contra o River Plate, que virou, no último minuto, uma classificação que parecia encaminhada do rival. Mas ainda faltava muito. Eram dois gols de vantagem.
Aplausos para Ramiro, expulso
Em Porto Alegre, era como se fosse no estádio. Não só pela vibração, mas pela reação dos torcedores aos fatos do jogo. Ramiro, expulso aos 38 do segundo tempo, foi aplaudido quando a transmissão do jogo o mostrou deixando o gramado.
De pai para filho: o primeiro título continental
Em meio a abraços e gritos, o Faustino Araújo, de 52 anos, abraçava um menino. João Pedro, de 13. "É de pai para filho. O primeiro título da Libertadores que ele vê. Nunca vai esquecer, nunca"", dizia o senhor animado entre um abraço e outro com o menino.
O Grêmio conquistou sua terceira Libertadores. Partirá, agora, para o Mundial de Clubes. Mas não sem antes receber o apoio da torcida que vibrou tanto de longe, mas encontrará os jogadores já nas primeiras horas da manhã de quinta-feira.
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