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Mano critica postura da La U e compara campanha do Cruzeiro à de 1997

Mano Menezes, técnico do Cruzeiro, celebra vitória na Libertadores - AFP PHOTO / DOUGLAS MAGNO
Mano Menezes, técnico do Cruzeiro, celebra vitória na Libertadores Imagem: AFP PHOTO / DOUGLAS MAGNO

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

26/04/2018 22h13

Mano Menezes não tem dúvidas. Jamais sofreria sete gols em uma partida. Após a vitória por 7 a 0 sobre a Universidad de Chile, o técnico gaúcho elogiou os seus comandados e falou sobre a dificuldade de jogar fora de casa na Libertadores. Assista aos gols da partida.

O comandante falou sobre a postura de seu adversário após sofrer o terceiro gol no duelo ocorrido no Gigante da Pampulha.

"Eu, se eu tivesse tomando 3 a 0 e com dois a menos, não deixaria meu time atacar. Existe uma diferença grande entre 3 a 0 e 7 a 0. Essa é uma goleada marcante, a maior na história do Cruzeiro, um clube centenário. Não é fácil. Eu não deixaria minha equipe atacar daquele jeito. Você deixa espaço, como tivemos espaço para nossos jogadores. Tem gente que gosta de atacar sempre", declarou.

"Quando atacar significa que você está próximo da derrota, não deixo meu time atacar. Não exponho meus profissionais. Sei como é doloroso tomar 7 a 0. Jamais empurraria meu time para isso. Hoje, tivemos uma noite feliz. O que trabalhamos? Questões táticas. Fizemos uma boa preparação para o jogo. O técnico vive de um discurso, uma teoria e os jogadores acreditam ou não nisso", comentou.

"Saímos confiantes de Santiago. Os jogadores saíram conscientes do que fizemos lá. É por isso que temos dois títulos nos últimos seis meses e um pouquinho de bicho no bolso", acrescentou.

O comportamento da La U não foi o único tema da entrevista coletiva ocorrida no Mineirão. O técnico que venceu a Copa do Brasil 2017 na Toca da Raposa II fez um comparação com o último título da equipe na Libertadores da América.

"O Cruzeiro foi campeão em 1997, último título na Libertadores, e ganhou um jogo fora de casa. O Vasco foi campeão em 1998 e ganhou só a última fora de casa. O fator local pesa muito. Estávamos em uma situação crítica nos primeiros 90 minutos [jogo no Chile]. Futebol é resultado. Quando não eles não vêm, as pessoas podem criticar muito", afirmou.

"Cometemos um pecado só, não vencer o Vasco em casa. Os jogadores sabem o que pensamos. Pensamos em fazer no mínimo os quatro pontos, iniciamos bem, a equipe bem posicionada. Roubamos bola na frente e o fato de termos feito isso nos deu uma vantagem inicial de 2 a 0, uma tranquilidade com o torcedor que acreditou na gente", concluiu.