Racing avisa que procurará CAS contra escalação irregular do River
A Copa Libertadores continua pegando fogo longe dos gramados. Em nota publicada no início da noite desta sexta (24), o Racing contestou a escalação de Bruno Zuculini, do River Plate, seu adversário nas oitavas de final, tratou a decisão da Conmebol como "arbitrária" e prometeu recorrer ao CAS (Corte Arbitral do Esporte).
Julgado por uma expulsão recebida em 2013, quando ainda defendia o Racing, o atleta pegou quatro jogos de suspensão, que viraram dois depois da anistia promovida pela Conmebol em razão de seu centenário em 2016.
Como o Racing foi eliminado da competição em 2013, e Zuculini iniciou sua passagem pelo futebol europeu na sequência, a punição ainda estava em vigor quando ele iniciou a campanha da Libertadores pelo River em 2018.
A própria Conmebol admitiu o erro, mas argumenta que não punirá Zuculini por falta de contestações oficiais de adversários no prazo de 24 horas após as partidas, como estipulado em regulamento. A anistia dada ao jogador foi citada pelo Santos, que pede que a Conmebol aplique ao santista Carlos Sánchez a mesma penalidade que foi aplicada ao atleta do River.
Em comunicado em seu site, a entidade listou os sete jogos em que o atleta foi relacionado de forma irregular - dois deles contra o Flamengo na fase de grupos. A entidade explica ainda que, em fevereiro, o River fez uma consulta e, por erro administrativo, foi omitida ao clube a informação sobre a suspensão de Zuculini.
"De acordo com as disposições do Artigo 19.3 do Regulamento Disciplinar da CONMEBOL, em casos de alinhamento incorreto de um jogador, isto (a pena) somente será aplicado se a equipe oponente apresentar uma reivindicação oficial dentro de vinte e quatro (24) horas após o final do encontro. Nesse sentido, nenhum clube que tenha contestado as partes acima mencionadas exerceu esse direito, e os resultados dos jogos acima mencionados foram confirmados", escreveu.
A Conmebol ainda informa que agora, diante da constatação do fato, Zuculini terá que cumprir a suspensão ainda nesta Libertadores. Sendo assim, desfalcará o River no duelo de volta das oitavas de final contra o Racing, na quarta-feira (29), e na eventual primeira partida das quartas.
Em caso de eliminação, terá que cumprir o jogo restante de punição em uma futura competição de clubes organizada pela entidade. No caso de Carlos Sánchez, a Conmebol já abriu investigação devido à rápida reclamação do Independiente-ARG e o Santos deve ser julgado nos próximos dias.
O meio-campista uruguaio foi expulso quando atuava pelo River Plate na Sul-Americana de 2015 e, como na sequência jogou no futebol mexicano, teria que cumprir a pena de três jogos ? que viraram um após a anistia da entidade.
O jogador, porém, defendeu a equipe brasileira no empate por 0 a 0 contra o Independiente-ARG no jogo de ida das oitavas, na última terça-feira. O Santos alega que Sánchez aparecia como liberado no "Comet", sistema da Conmebol destinado, entre outras coisas, para o registro de jogadores e arquivamento de súmulas.
Se punido, o clube brasileiro deve ser declarado perdedor por 3 a 0 do duelo disputado na Argentina. As duas equipes voltam a se enfrentar nesta terça-feira (28) no Pacaembu.
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