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Dividida com Dedé iniciou corrida do Boca por goleiro. Pior para peruano

Disputa de bola deve afastar Andrada do gol do Boca até dezembro - Demian Alday/Getty Images
Disputa de bola deve afastar Andrada do gol do Boca até dezembro Imagem: Demian Alday/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

04/10/2018 12h00

A vitória do Boca Juniors por 2 a 0 sobre o Cruzeiro ficou marcada pela expulsão do zagueiro Dedé após choque de cabeça na disputa aérea de bola com o goleiro Esteban Andrada. O jogador do time mineiro acabou liberado pela Conmebol para atuar na partida de volta, mas o outro protagonista do lance deu início a uma novela no clube argentino.

Revelado pelo Lanús, Esteban Andrada foi sondado pelo Barcelona em 2011, ainda nas categorias de base. Profissionalizado pelo clube grená em 2012, passou ainda pelo Arsenal de Sarandí entre 2014 e 2015, antes de chegar ao Boca Juniors em 2018. Sua estreia pelo time aconteceu em agosto, aos 27 anos.

No mês seguinte, veio a partida com o Cruzeiro e a dividida com Dedé na qual o goleiro fraturou o maxilar. Desta forma, o técnico Guillermo Barros Schelotto deverá escalar Agustín Rossi no gol enquanto Andrada se recupera – a previsão é de dois meses afastado.

Só que a baixa deu início a uma intensa movimentação na diretoria do Boca Juniors em busca de uma nova opção para o gol. De cara, o nome de Pedro Gallese (atleta do Tiburones Rojos de Veracruz, no México, e titular da seleção peruana na Copa do Mundo de 2018, na Rússia) surgiu como principal candidato. Marcos Díaz (Huracán) e Guido Herrera (Talleres) seriam as alternativas.

O acerto com Gallese parecia encaminhado, mas uma reviravolta em cima da hora acabou deixando o peruano fora do Boca Juniors. De acordo com o jornal peruano Depor, as diretorias de Boca e Tiburones Rojos já tinham chegado inclusive a um acordo a respeito de cifras da contratação. “Era apenas questão de tempo para que ‘el Pulpo’ viajasse até Buenos Aires para assinar seu vínculo com o quadro de Guillermo Barros Schelotto pelos próximos três meses (com opção de compra futura)”, descreve matéria publicada nesta quinta-feira (4) pelo jornal.

Pedro Gallese, goleiro do Peru - Michael Regan - FIFA/FIFA via Getty Images - Michael Regan - FIFA/FIFA via Getty Images
Pedro Gallese, titular da seleção peruana, demonstrou otimismo com negociação com o Boca Juniors
Imagem: Michael Regan - FIFA/FIFA via Getty Images
Na última segunda-feira (1), o próprio peruano já indicava que a troca de clube estava próxima. “Se chegar ao Boca, serei feliz e cumprirei um sonho. Nesta quinta-feira, vou torcer por eles, e tomara que tudo dê certo no Brasil. Minha chegada depende de que eliminem o Cruzeiro”, afirmou o jogador, em declarações exibidas na Argentina pelo canal FOX Sports. “Se houver um acordo entre as partes, não terei problemas em lutar pela posição. Me motiva saber que o Boca pensa em mim, e estou entusiasmado com esta chance de poder jogar em um grande”, completou.

A reviravolta

Embora Gallese contasse com o aval do presidente do Boca, Daniel Angelici, o acordo acabou vetado em cima da hora pelo próprio Schelotto. A decisão incomodou Angelici, mas o dirigente aceitou a posição do treinador de sua equipe.

No lugar, o treinador indicou a contratação de Carlos Lampe, titular do Huachipato (Chile) e da seleção boliviana. E o Boca não perdeu tempo: em meio a uma disputa com o Lanús, que também tinha interesse em Lampe, acertou com o goleiro até dezembro.

“(Carlos Lampe) será o goleiro do Boca a partir desta sexta-feira”, declarou Angelici ao canal argentino TNT Sports. De acordo com o jornal chileno El Mercurio, o Huachipato receberá US$ 200 mil (pouco mais de R$ 783 mil) pela cessão do goleiro. E o próprio clube do Chile já se vê sem o goleiro boliviano.

“Sei que existe a possibilidade de que, no fim de semana, Lampe já não esteja conosco. Não posso negar a ele a oportunidade de ir ao Boca”, disse o técnico do Huachipato, o argentino Nicolás Larcamón, em declarações publicadas pela edição desta quinta-feira (4) do jornal El Mercurio.