Por judeus, presidente do Boca reclama de final da Libertadores no sábado
A estreita relação do Boca Juniors com a comunidade judaica da Argentina fez o presidente do clube, Daniel Angelici, reclamar da opção da Conmebol por marcar as finais da Copa Libertadores, contra o River Plate, para o sábado. A decisão do título sul-americano entre os rivais será nos dias 10 e 24 de novembro, em Buenos Aires.
Aos sábados, os judeus respeitam o Shabat, o descanso semanal após seis dias de trabalho. O incômodo maior do dirigente é com a partida de volta, a que define o campeão, mesmo sendo na casa do rival, o Monumental de Nuñez, e com torcida única, como prevê a lei local.
"O Boca não está de acordo em jogar no sábado, somos muito respeitosos com a comunidade judaica. Temos muitos sócios (judeus) que acompanham o Boca", disse Angelici à rádio La Red.
"Não sei por que não jogamos no dia 7 (quarta-feira). Se for no sábado, vou pedir para que seja depois das 21 horas para que a comunidade judaica possa aproveitar", afirmou o dirigente, apesar de a Conmebol ter confirmado o jogo às 17h (de Brasília).
A opção pelo sábado foi um pedido do governo federal, já que Buenos Aires receberá reunião do G20, no fim de novembro, e terá de mobilizar segurança máxima para receber os chefes de estado. Será a primeira vez que a Libertadores terá os dois times mais populares da Argentina na final.
O Boca Juniors chegou à final na última quarta-feira, depois de segurar empate por 2 a 2 com o Palmeiras, no Allianz Parque. Já o River Plate reverteu a desvantagem do primeiro jogo, bateu o Grêmio por 2 a 1, em Porto Alegre, e conquistou a vaga na decisão do torneio.
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