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Árbitro da final da Libertadores deu pênalti para River contra Grêmio

Andrés Cunha recorreu ao VAR para marcar o pênalti que eliminou o Grêmio da Libertadores - Antonio Lacerda/EFE
Andrés Cunha recorreu ao VAR para marcar o pênalti que eliminou o Grêmio da Libertadores Imagem: Antonio Lacerda/EFE

Do UOL, em São Paulo (SP)

15/11/2018 18h15

A Conmebol confirmou que o uruguaio Andrés Cunha apitará a finalíssima da Libertadores entre Boca Juniors e River Plate, dia 24 de novembro, no Monumental de Núñez. A escolha gerou polêmica na Argentina, já que o árbitro é questionado por sua atuação principalmente na recente vitória do River sobre o Grêmio por 2 a 1, na partida de volta da semifinal do torneio.

O time gaúcho venceu por 1 a 0 em Buenos Aires, e abriu o placar ainda no primeiro tempo em Porto Alegre. No segundo tempo, Borré empatou de cabeça, em lance que os gremistas reclamaram de um suposto toque de mão do jogador.

Minutos depois, Scocco tentou uma finalização na entrada da área, a bola tocou na mão de Bressan, que estava dentro da área. Cunha deixou o jogo seguir, mas foi alertado pelo árbitro de vídeo, observou as imagens e marcou o pênalti, além de expulsar Bressan pela jogada. Pitty Martínez acertou a cobrança e garantiu a classificação do River para a decisão. Após a partida, os gremistas não esconderam a indignação com a atuação do árbitro.

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Além disso, no empate sem gols com o Flamengo, válido pela última rodada da fase de grupos, os rubro-negros também reclamaram de um pênalti não marcado. Lucas Pratto se enroscou com Rhodolfo na área no momento do cabeceio, mas Cunha mandou seguir.

O uruguaio também é lembrado pela atuação na Libertadores do ano passado. Era a semifinal entre Lanús e River Plate e a Conmebol havia acabado de implementar o VAR na competição continental. O River venceu a ida por 1 a 0 e ia jogar fora de casa para definir a vaga, e Cunha era o responsável pela arbitragem de vídeo. Auxiliado por Cunha, o árbitro colombiano Roldán revisou pelo menos dois lances na partida – validou o gol de Montiel e deu pênalti em cima de Pasquini, lance que resultou no quarto e decisivo gol do Lanús, que venceu a partida por 4 a 2 e ficou com a vaga.

Porém, a maior polêmica daquele duelo foi um lance não revisado. Aos 40 minutos do primeiro tempo, quando o River vencia por 2 a 0, Marcone tocou a bola com o braço. O técnico Gallardo foi ao quarto árbitro pedir revisão, mas não revisaram, e o time alvirrubro acabou eliminado.

Os visitantes costumam levar a melhor nas mãos do árbitro de 42 anos. Segundo um levantamento feito pelo jornal argentino Diário Olé, nos últimos dez jogos que ele apitou nesta Libertadores, houve apenas uma vitória para os anfitriões – do Estudiantes sobre o Grêmio nas oitavas de final. Apesar do triunfo, o Estudiantes acabou eliminado nos pênaltis na volta, em Porto Alegre. Ademais, foram quatro empates e cinco vitórias dos visitantes.

Reclamações em jogos do Boca no Brasil

No que diz respeito ao Boca, Cunha apitou o empate em 1 a 1 com o Palmeiras na fase de grupos. O árbitro se desentendeu e bateu boca com Felipe Melo, que chegou a pedir para sair do jogo para não ser expulso, os palmeirenses ainda reclamaram de pênalti não marcada: Dudu caiu após trombar com Fabra na área e o jogo seguiu.

Ele também foi o árbitro no empate em 1 a 1 com o Cruzeiro, no jogo de volta das quartas de final. Não faltaram reclamações por parte dos mineiros. No primeiro tempo, Cunha anulou gol de Barcos por ver falta de Dedé no goleiro. Já no fim da partida, expulsou o zagueiro. Com um a menos, o Cruzeiro viu Pavón selar a classificação do Boca.