Real revê "inferno" no caldeirão do Atlético onde leva 7 a 0 até agora
"Bem-vindo ao inferno vermelho e branco". É com essa faixa que o Atlético de Madri recebe o público no Vicente Calderón. É lá que a principal vítima da temporada, o Real Madrid, vai em busca de provar estar calejado de tanto sofrimento. O confronto acontece nesta terça-feira, às 15h45min (de Brasília), e é válido pela partida de ida das quartas de final da Liga dos Campeões. Uma reedição da final da última edição vencida pelo time merengue por 4 a 1 na prorrogação.
O Real Madrid atuou no Calderón em três vezes nesta temporada, com jogos válidos pela Supercopa da Espanha, Copa do Rei e Campeonato Espanhol, e perdeu todos eles. O placar agregado é de incrível 7 a 0 para o time mandante. O último confronto: 4 a 0 em fevereiro deste ano.
E não é só o Real. O Atlético de Madri é o melhor mandante do Campeonato Espanhol, com 41 pontos conquistados em casa em 48 possíveis. Na Liga dos Campeões são quatro vitórias nos quatro jogos disputados, sendo 11 gols marcados e nenhum sofrido.
“No Calderón temos uma simbiose de energia entre torcedores e jogadores. A torcida participada desde o primeiro momento, é uma das melhores do mundo. Tenho orgulho disso e quero eles presentes para jogarmos com essa vantagem”, disse o treinador do Atlético, o argentino Diego Simeone, na véspera da partida. Por sinal, uma mensagem que costuma repetir antes de jogos no estádio.
A imprensa espanhola aponta Simeone como o responsável por construir o "inferno do Calderón" e trabalhou exaustivamente como prévia do clássico o tema da superioridade do Atlético sobre o rival. Na temporada, ela não é apenas no local já que no Santiago Bernabéu, o campo do Real, foram outros três jogos disputados, sendo uma vitória do time vermelho e branco e dois empates.
“Os resultados não deixam dúvidas. Simeone é o principal algoz de (Carlo) Ancelotti. E o Calderón se converteu em um autêntico inferno para o Real”, destacou a reportagem de segunda-feira do jornal Marca, o principal periódico esportivo de Madri.
“Enfrentar o Simeone é uma honra e um problema. Sofremos contra eles por diferentes razões, como desfalques, bolas paradas. Só que agora é uma outra eliminatória e não necessitamos ganhar: um empate parece bom”, destacou o comandante italiano do Real, Carlo Ancelotti.
Quando se refere aos desfalques, Ancelotti tenta minimizar a vexatória goleada sofrida por 4 a 0 recentemente. Na ocasião, o zagueiro espanhol Sergio Ramos, o lateral esquerdo brasileiro Marcelo, o volante croata Luka Modric e o meia colombiano James Rodriguez não atuaram. Todos eles estarão presentes em campo nesta terça-feira – o time titular do Real Madrid não tem desfalque.
A goleada desencadeou uma crise no Real Madrid, que era líder no Campeonato Espanhol e convivia com o favoritismo na Liga dos Campeões. As três vitórias consecutivas no momento (9 a 0 no Granada, 2 a 0 no Rayo Vallecano e 3 a 0 no Eibar) parecem que fizeram o time recuperar o patamar anterior.
“Não tenho dúvida de que agora vivemos outra realidade, o momento é melhor. Sabemos o que precisamos fazer para vencer a eliminatória e recuperamos nosso jogo. Só que nesse clássico não há favoritos”, destacou Marcelo.
O duelo de volta entre Atlético de Madri x Real Madrid pelas quartas de final da Liga dos Campeões será disputado dia 22 de abril no Santiago Bernabéu. Os outros confrontos da principal competição europeia são: Barcelona x PSG, Porto x Bayern de Munique e Juventus x Monaco.
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