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Jornal: Times ingleses discutem projeto que esvaziaria a Liga dos Campeões

Bilionário quer reunir os principais times da Europa para um torneio longo - Reuters/Jason Cairnduff
Bilionário quer reunir os principais times da Europa para um torneio longo Imagem: Reuters/Jason Cairnduff

Do UOL, em São Paulo

02/03/2016 08h07

Representantes do Manchester United, Arsenal, Chelsea, Liverpool e Manchester City se reuniram na terça-feira para estudar projeto de criação de uma Superliga da Europa. O encontro entre os dirigentes, em Londres, seria secreto, mas a imprensa inglesa noticiou.

A ideia, ainda embrionária, é atrair as principais potências do continente para um torneio longo, esvaziando as competições domésticas (nacionais) e a Liga dos Campeões.

A argumentação é que a maioria dos campeonatos nacionais na Europa se tornou pouco competitiva em virtude da disparidade entre os participantes, assim ocorrendo, sobretudo, com o Alemão e Espanhol.

A Superliga da Europa seria criada pelo bilionário norte-americano Stephen Ross, que pretende levar jogos do torneio europeu para a Ásia e Américas do Norte e do Sul. O campeonato teria cerca de 20 times.

Segundo os jornais ingleses, os dirigentes dos cinco times presentes na reunião gostaram de uma proposta feita por Ross: as cotas estariam sempre garantidas, diferentemente da Liga dos Campeões, que pagam apenas aos clubes classificados. Na Champions, três times ingleses têm vagas diretas e um vai para repescagem.

Um dirigente ouvido pelo Daily Mail, que não teve identidade informada, declara que as conversas com o idealizador da Superliga servirão para pressionar a Uefa a oferecer valores melhores.

Dificilmente haverá a adesão dos grandes ingleses, principalmente porque os contratos do Campeonato Inglês são os maiores do continente.

“Eles vão usar a ameaça de ruptura para alavancar valores melhores na Liga dos Campeões”, disse.

“Os jogos [da Superliga] seriam aos fins de semana. A Liga dos Campeões são no meio da semana, quando os valores [de publicidade e transmissão] são menores”, complementa a fonte ouvida pelo jornal inglês.