Pai, mãe e filhos: na família Hazard, todo mundo joga futebol
Na casa mais conhecida e admirada de Braine-Le-Comte, uma pequena cidade com cerca de 20 mil habitantes localizada na região francesa da Bélgica, jogar futebol não é uma opção. Mas sim, uma obrigação impressa nos genes.
É lá a residência oficial dos Hazard, uma das famílias mais boleiras de todo o planeta.
Eden, 25 anos, o filho mais velho de Thierry e Carine, é uma estrela internacional. É o camisa 10 do Chelsea, que enfrenta o PSG nesta quarta-feira por vaga nas quartas de final da Liga dos Campeões, já foi eleito o melhor jogador dos campeonatos Francês e Inglês, disputou Copa do Mundo e está na mira de Real Madrid e PSG para a próxima temporada.
Mas, para os Hazard, é só mais um entre tantos jogadores de futebol produzidos pela família que carregam esse sobrenome pelos gramados mundo afora.
Afinal, dois dos três irmãos de Eden também jogam bola profissionalmente. E o caçula está indo pelo mesmo caminho.
Thorgan, 22, o irmão mais conhecido do astro do Chelsea, já tem uma carreira bem estruturada. É titular do Borussia Mönchengladbach, da primeira divisão da Alemanha, e estreou pela seleção principal há três anos.
Até oito meses atrás, imaginava que poderia ser parceiro de Eden na Inglaterra. Afinal, também era contratado do Chelsea. Só que os “Blues” preferiram emprestá-lo seguidas vezes até negociá-lo com o Gladbach.
Já Kylian, 20, ainda não descolou uma oportunidade em um time grande apesar do sobrenome pomposo que carrega nas costas. Menos talentoso que os irmãos, nunca defendeu a Bélgica nem nas categorias de base e precisou ir à Hungria para ter uma carreira como profissional.
Desde julho, defende o Újpest, quarto colocado do Campeonato Húngaro. E, nos últimos jogos, nem titular tem sido.
Há ainda o caçula Ethan, 13, que tenta seguir o mesmo caminho e também se tornar jogador profissional. O primeiro passo, ele já deu. Atualmente treina no Tubize, o mesmo time belga por onde passaram nas categorias de base seus três irmãos.
E engana-se quem pensa que o envolvimento dos Hazard com o futebol se resume aos integrantes dessa geração. Thierry e Carine, os patriarcas da família, também tiveram seus dias nos gramados.
O pai dos Hazard foi um jogador mediano que atuou na segunda divisão belga. E a mãe, a quem Eden costuma se referir como a melhor futebolista da família, foi uma das pioneiras do futebol feminino na Bélgica.
Carine jogou até os 26 anos. Abandonou a carreira quando estava grávida de três meses do primeiro filho. Trocou o futebol pela maternidade. E sentiu no corpo os primeiros chutes de Eden, Thorgan, Kylian e Ethan.
Afinal, ser um Hazard significa necessariamente jogar futebol.
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