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Treino profissional com só 1 m de altura: assim nasceu prodígio do Atlético

Saúl deixou o Atlético em vantagem diante do Bayern na semifinal - Reuters / Sergio Perez Livepic
Saúl deixou o Atlético em vantagem diante do Bayern na semifinal Imagem: Reuters / Sergio Perez Livepic

Do UOL, em São Paulo

29/04/2016 06h00

Saúl Ñíguez foi o nome da primeira semifinal entre Atlético de Madri e Bayern de Munique na Liga dos Campeões, na última quarta-feira. Foi dele o golaço que deu a vantagem de 1 a 0 ao time espanhol. Quem não o conhece tão bem, surpreendeu-se com a habilidade no lance do gol. Mas para quem sabe que o meio-campista treina como gente grande desde muito pequeno, foi algo natural.

Sua família toda chegou ao futebol profissional. Seu pai e seus dois irmãos mais velhos defenderam times de elite da Espanha, de Portugal e da Escócia. O pai, José "Boria" Ñíguez, atuou pelo Elche. Jonathan, o primogênito, e Aarón passaram por equipes como Valencia, Sporting Braga e Rio Ave.

Saúl Ñíguez deixa Xabi Alonso para trás e parte para marcar o gol da vitória do Atlético sobre o Bayern - Sergio Perez Livepic-27.abr.2016/Reuters - Sergio Perez Livepic-27.abr.2016/Reuters
Saúl Ñíguez deixa Xabi Alonso para trás e parte para marcar o gol da vitória do Atlético sobre o Bayern
Imagem: Sergio Perez Livepic-27.abr.2016/Reuters

O pai sempre incentivou e cobrou os filhos no futebol. Quando tinha cerca de 4 anos, Saúl já acompanhava os irmãos em seus treinos. Os técnicos o incluíam em algumas atividades, como domínio e finalização com os dois pés, controle de bola e dribles rápidos. Ele aprendeu bem, como o gol diante do Bayern deixou claro.

Segundo relato do Marca, Saúl tinha "1 metro de altura quando seu pai o levava para treinar". Os dois irmãos se esforçavam bastante, mas logo todos perceberam: o maior talento da família era o caçula Saúl.

Messi deixa para Saul, então no Rayo Vallecano, para trás - Andres Kudacki-21.set.2013/AP - Andres Kudacki-21.set.2013/AP
Messi deixa para Saul, então no Rayo Vallecano, para trás
Imagem: Andres Kudacki-21.set.2013/AP

A mídia espanhola acostumou-se a classificá-lo como "garoto prodígio". E ele fez por merecer. Por exemplo, é o jogador profissional mais jovem a defender o Atlético de Madri em um torneio europeu. Tinha 17 anos, 3 meses e 18 dias quando enfrentou o Besiktas pela Liga Europa, por decisão de Simeone. Também passou por várias categorias da seleção espanhola, ficou um ano no Rayo Vallecano e foi chamado pela principal com apenas 20 anos.

"Todos temos muito orgulho dele. Agora é o caçula quem tem mais jogos e gols na primeira divisão espanhola e isso nos deixa muito felizes", resume o pai, orgulhoso e sempre exigente. "Ele é meu maior crítico e sempre me corrige quando acha que fiz algo errado", revelou Saúl ao Mundo Deportivo.

Desde a última quarta-feira, Saúl recebeu muitos elogios pelo golaço marcado sobre o Bayern. Se antes era notícia por ser precoce na carreira e por despertar o interesse de times como o Manchester United, agora Saúl curte a semana como destaque na fase decisiva da Liga dos Campeões. E quem sabe, aos 21 anos, ele não tenha feito um gol histórico para o Atlético de Madri.