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Novo duelo com Bayern pode definir a vida do técnico mais longevo da Europa

Arsene Wenger, técnico do Arsenal, está sob pressão antes do duelo contra o Bayern - Carl Recine/Reuters
Arsene Wenger, técnico do Arsenal, está sob pressão antes do duelo contra o Bayern Imagem: Carl Recine/Reuters

Do UOL, em São Paulo

15/02/2017 04h00

Não há nenhum técnico na Europa que esteja há mais tempo no cargo que Arsene Wenger, há mais de 20 anos no comando do Arsenal. Se quiser que a história continue, é importante para o técnico francês vencer o duelo que começa nesta quarta, contra o Bayern. Algozes do time inglês em duas das últimas quatro Ligas dos Campeões, os alemães podem ser o diferencial para o futuro de Wenger, que vive sua maior crise e corre sério risco de cair no meio do ano.

Há 12 temporadas sem conquistar um título inglês, o Arsenal é só o quarto no campeonato deste ano e dificilmente conseguirá fazer frente a Chelsea e Manchester City. Além disso, são anos de fracassos na Liga dos Campeões, sempre falhando contra forças como Barcelona e, principalmente, Bayern de Munique.

Adversário dos londrinos nas oitavas deste ano, o time que hoje é comandado por Carlo Ancelotti venceu o duelo em 2013 e 2014. Na última edição da Liga, os dois times se encontraram na fase de grupos e o Bayern fez 5 a 1. Um novo revés pode ser demais para Arsene Wenger.

No começo da semana, o jornal britânico Daily Mirror publicou que a direção do Arsenal já trabalha com a ideia de Rafa Benitez, ex-Inter de Milão, Napoli e Real Madrid, para o lugar de Wenger. Se o espanhol não aceitasse, Tomas Tuchel (Borussia Dortmund), Luis Enrique (Barcelona) e Leonardo Jardim (Monaco) seriam opções.

Wenger, ao que tudo indica, está ciente da pressão. "Eu estive com o chefe na noite passada e se eu for ser totalmente sincero, eu tenho a impressão que é isso. Ele mencionou que ele está chegando ao fim. Eu nunca escutei ele falando isso antes”, disse Ian White, ex-atacante do Arsenal e hoje comentarista na Inglaterra.

Sua última cartada é uma pressão no elenco, que também jogará pressionado junto com o chefe. Dos dois jogadores mais caros do planeta, Mesut Ozil e Alexis Sanchez jogam juntos há quase três anos, não conseguiram levar o time a nenhuma conquista e estão demorando para acertarem suas renovações. Ciente de que vencer a Liga passa pela dupla, o chefe colocou lenha na fogueira, especialmente pensando no meia alemão.

“"É hora de ele (Ozil) voltar a marcar gols. Talvez ele também reencontre a confiança, porque está perdendo chances. Ele tem chances e perde as chances que não parecem impraticáveis para ele”, disse Wenger no começo da semana.