Novo duelo com Bayern pode definir a vida do técnico mais longevo da Europa
Não há nenhum técnico na Europa que esteja há mais tempo no cargo que Arsene Wenger, há mais de 20 anos no comando do Arsenal. Se quiser que a história continue, é importante para o técnico francês vencer o duelo que começa nesta quarta, contra o Bayern. Algozes do time inglês em duas das últimas quatro Ligas dos Campeões, os alemães podem ser o diferencial para o futuro de Wenger, que vive sua maior crise e corre sério risco de cair no meio do ano.
Há 12 temporadas sem conquistar um título inglês, o Arsenal é só o quarto no campeonato deste ano e dificilmente conseguirá fazer frente a Chelsea e Manchester City. Além disso, são anos de fracassos na Liga dos Campeões, sempre falhando contra forças como Barcelona e, principalmente, Bayern de Munique.
Adversário dos londrinos nas oitavas deste ano, o time que hoje é comandado por Carlo Ancelotti venceu o duelo em 2013 e 2014. Na última edição da Liga, os dois times se encontraram na fase de grupos e o Bayern fez 5 a 1. Um novo revés pode ser demais para Arsene Wenger.
No começo da semana, o jornal britânico Daily Mirror publicou que a direção do Arsenal já trabalha com a ideia de Rafa Benitez, ex-Inter de Milão, Napoli e Real Madrid, para o lugar de Wenger. Se o espanhol não aceitasse, Tomas Tuchel (Borussia Dortmund), Luis Enrique (Barcelona) e Leonardo Jardim (Monaco) seriam opções.
Wenger, ao que tudo indica, está ciente da pressão. "Eu estive com o chefe na noite passada e se eu for ser totalmente sincero, eu tenho a impressão que é isso. Ele mencionou que ele está chegando ao fim. Eu nunca escutei ele falando isso antes”, disse Ian White, ex-atacante do Arsenal e hoje comentarista na Inglaterra.
Sua última cartada é uma pressão no elenco, que também jogará pressionado junto com o chefe. Dos dois jogadores mais caros do planeta, Mesut Ozil e Alexis Sanchez jogam juntos há quase três anos, não conseguiram levar o time a nenhuma conquista e estão demorando para acertarem suas renovações. Ciente de que vencer a Liga passa pela dupla, o chefe colocou lenha na fogueira, especialmente pensando no meia alemão.
“"É hora de ele (Ozil) voltar a marcar gols. Talvez ele também reencontre a confiança, porque está perdendo chances. Ele tem chances e perde as chances que não parecem impraticáveis para ele”, disse Wenger no começo da semana.
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