Melhor ataque da Europa testa paciência de Guardiola com seus zagueiros

Manchester City e Monaco definem nesta quarta-feira quem vai para as quartas de final da Liga dos Campeões. A chave para o duelo será descobrir se as mudanças que o técnico Pep Guardiola fez em sua defesa bastarão para segurar o melhor ataque da Europa na temporada.

No jogo de ida, o Manchester venceu por dois gols de diferença. O placar de 5 a 3, porém, mostrou que nenhum dos sistemas defensivos funcionou dentro de campo. Nas últimas três partidas, porém, o City evoluiu.

Pela primeira vez desde que o espanhol assumiu a equipe, o City passou três partidas seguidas sem sofrer um gol. Um feito e tanto se considerados os problemas defensivos que Guardiola tem enfrentado. O maior deles, no gol: grande contratação da temporada, o goleiro chileno Claudio Bravo levou 25 gols no Campeonato Inglês. Mais do que isso, quase a metade dos chutes que foram na direção do gol entraram. Sua média de defesas é de apenas 54% das conclusões certas do rival.

O argentino Willy Caballero já tinha ganhado a posição no duelo de ida da Liga dos Campeões, mas Guardiola ainda sofria para escalar sua defesa. Em Manchester, por exemplo, o brasileiro Fernandinho foi escalado na lateral esquerda. Não deu certo e ele não jogou mais no setor desde então.

Mas não pense que o espanhol esqueceu das improvisações. Nos últimos quatro jogos, duas duplas de zaga foram usadas. Uma com os zagueiros Stones e Otamendi (que jogaram mal na ida), levou um gol. A outra, com o argentino e o sérvio Kolarov, originalmente lateral, não foi vazada.

Os dois veteranos (Kolarov tem 31 e Otamendi, 29) devem ser a escolha contra o Monaco. O time francês marcou 84 gols em 29 jogos no Francês, média de quase três por partida. Isso quer dizer que dificilmente eles passarão sem balançar as redes – nesse momento, ter dois zagueiros experientes pode fazer mais sentido do que usar um jovem de 22 anos que tem falhado sempre que é testado.