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Ederson joga de capacete após cortes e é elogiado por coragem na Inglaterra

Michael Kooren/Reuters
Imagem: Michael Kooren/Reuters

Do UOL, em São Paulo

13/09/2017 19h06

O goleiro de um time que goleou o rival por 4 a 0 geralmente não é assuntou depois do jogo. Mas o brasileiro Ederson, do Manchester City, foi, após a goleada da equipe sobre o Feyenoord na estreia da Liga dos Campeões. O motivo foi o estado de seu rosto após o jogo do último fim de semana.

Na goleada sobre o Liverpool, o goleiro levou uma solada do atacante Mané, saiu de campo imobilizado e precisou levar mais de dez pontos no rosto para fechar os cortes sofridos. Durante o início da semana, ele treinou com um capacete, mas ninguém do Manchester City confirmou sua presença na partida na Holanda antes desta quarta-feira.

Rosto de Ederson após solada de Sadio Mané - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Rosto de Ederson após solada de Sadio Mané
Imagem: Reprodução/Instagram
Quando ele entrou em campo, com o capacete no mesmo estilo do usado pelo goleiro tcheco Petr Cech, do Arsenal, os ingleses comemoraram. “A inclusão de Ederson foi uma surpresa, mostrando que a recuperação dos cortes após a entrada de Sadio Mané foi tranquila”, escreveu o Guardian. Já o tablóide Mirror elogiou a postura do jogador. “Ederson mostrou bravura em campo [por causa da lesão recente] e ainda salvou o City em um lance contra Kramer”, disse o jornal.

Segundo o Daily Mail, a dinâmica do meio-campo do City, que conseguiu manter a posse de bola principalmente no início do jogo, “contribuiu para que a bola chegasse pouco” na área de Ederson, “de volta com um capacete de rúgbi apenas quatro dias após a lesão”.

Na terça-feira, o técnico Pep Guardiola admitiu que existia um temor em relação ao brasileiro, lembrando principalmente das dificuldades que Petr Cech, o mais famoso dos adeptos do capacete, após sua própria lesão. Nos meses que seguiram a séria fratura craniana, o goleiro tcheco admitiu que seus reflexos ainda estavam afetados pelo medo de choque durante as partidas.

“Nos treinos, ele teve duas bolas divididas e, aparentemente, não sentiu nada. Mas vamos esperar para ver”, disse o treinador. Em campo, o brasileiro não mostrou dificuldades.