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Deivid usa experiência no exterior para dar tempo de adaptação aos gringos

Deivid lembra da época de jogador para ajudar na adaptação de estrangeiros do Cruzeiro - Eduardo Valente/Light Press/Cruzeiro
Deivid lembra da época de jogador para ajudar na adaptação de estrangeiros do Cruzeiro Imagem: Eduardo Valente/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

07/02/2016 06h00

Chegar ao Brasil e se adaptar ao futebol jogado aqui não é lá um processo tão simples e rápido. Ainda mais quando se trata de jovens estrangeiros, como os recém-contratados do Cruzeiro. Neste início de ano, metade dos reforços anunciados até o momento é argentino ou uruguaio e geram bastante expectativa na torcida desde os primeiros minutos após a oficialização. No entanto, Deivid quer utilizar sua própria experiência para promover os atletas aos poucos e pede paciência para não queimar etapas com Miño, Pisano, Gino e Romero.

Depois que deixou o Cruzeiro, no ano da Tríplice Coroa, Deivid mudou-se para o Bourdeaux, da França. De lá, voltou ao Brasil antes de sair novamente, desta vez para o Sporting, de Portugal. Em 2006, o ex-atacante foi parar na Turquia, defendendo o Fenerbahçe. Com experiência de ter morado em três países distintos e ciente das dificuldades de adaptação, o treinador quer trabalhar com o máximo de cautela para minimizar quaisquer problemas com os reforços.

"O Romero é um jogador que já estava sendo monitorado há muito tempo. É um jogador de Seleção Argentina e muito capacitado. Mas, nós temos de ter paciência, porque é um país diferente, uma outra cultura, um futebol diferente. A gente tentará deixá-lo muito à vontade, para que possa se adaptar o mais rápido possível", comentou o treinador, sobre o argentino Lucas Romero, apresentado na Toca da Raposa na última sexta-feira.

Dos quatro gringos anunciados, somente Sánchez Miño já entrou em campo. Matías Pisano foi regularizado e está disponível para a partida contra o Tupi, no domingo que vem, mas não deverá começar o jogo entre os onze iniciais, já que passará pelo mesmo processo que o companheiro. Nas três partidas oficiais até o momento, Miño entrou no segundo tempo contra a URT e foi titular diante do Tombense, no lugar de Marcos Vinícius, poupado.

"É claro que eu quero mais. O Miño é um jogador experiente, de muita qualidade. Tenho que ter calma, porque há a adaptação. Ele está se encaixando no esquema tático, mas tenho certeza que, a cada dia, ele vai se encaixar e jogar melhor", disse Deivid.

Além do tempo e paciência solicitados por Deivid, os gringos terão um suporte dos próprios companheiros para se sentirem cada vez mais em casa. No ano passado, a chegada de Ariel Cabral contribuiu para a melhor adaptação do jovem Arrascaeta. Neste ano, o uruguaio da camisa 10 é que terá a missão de ajudar o também amigo e garoto Federico Gino, companheiro desde os tempos de Defensor, do Uruguai. Em situação parecida, Lucas Romero, Sánchez Miño e Matías Pisano, todos com pouca idade, já foram recepcionados pelo compatriota argentino Ariel Cabral no elenco celeste.?