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Mineiro - 2019

Maturidade vira palavra-chave para Cruzeiro evitar sufoco no fim dos jogos

Treinador cobra mais maturidade para que o time saiba jogar com o resultado a seu favor - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Treinador cobra mais maturidade para que o time saiba jogar com o resultado a seu favor Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

29/02/2016 06h00

Aconteceu na partida diante do Tricordiano, em Sete Lagoas. O Cruzeiro sofreu nos minutos finais e quase foi vazado pela equipe de Três Corações. No último domingo (28), a situação foi parecida. Satisfeita com a vantagem no placar, o time celeste administrou o marcador e adotou um comportamento cauteloso contra o América-MG. Porém, a principal diferença entre os dois compromissos foi o resultado no fim. No primeiro, a vitória veio. Já no clássico, o empate amargo saiu já nos acréscimos do encontro.

Após o empate por 1 a 1 contra o América-MG, que custou a liderança do estadual ao Cruzeiro, o técnico Deivid tentou explicar o excesso de acomodação do Cruzeiro nos últimos jogos e citou a maturidade como fator crucial para evoluir.

“A gente tem de ter maturidade nos jogos. Quando você está perdendo, você se manda para frente, vai tirando volante e colocando atacante, para chegar à igualdade no placar. Isso que o Givanildo fez. O América é uma equipe bem montada, vem jogando bem. A gente tem de saber jogar com resultado na mão. No Brasileiro, vamos pegar equipes assim também. Temos de saber administrar a partida, respirar com a bola no pé, fazer o adversário correr. Tenho pedido isso bastante. É um resultado que poderia ser muito bom, faríamos 13 pontos. Acabou no 1 a 1, que ficou gostinho de derrota”, comentou o treinador, que deixou clara sua desaprovação pelo comportamento do time.

Com o gol marcado por Arrascaeta nos acréscimos do primeiro tempo, Deivid orientou seus jogadores a buscarem pelo menos mais um tento e ganhar tranquilidade dentro das quatro linhas. O que se viu, porém, foi algo diferente disso. O Cruzeiro não sofreu nenhuma grande pressão, mas deu espaço ao América e chamou o rival para o seu campo. Mesmo atacando e levando perigo em algumas ocasiões, o excesso de acomodação acabou gerando o gol de empate, com Bryan tendo espaço suficiente para pensar, ajeitar e soltar a bomba antes de marcar.

“O América não deu nenhum chute antes do gol. Todos foram sem direção. A equipe se comportou bem até os últimos 10 minutos. Depois, não conseguimos controlar o jogo, como estávamos fazendo. Temos de trabalhar durante a semana. A gente sabe que clássico é assim, só acaba quando juiz apita”, acrescentou Deivid.

Conforme dito pelo técnico, o América acertou o alvo de Fábio por três vezes em toda a partida. No entanto, o time da casa não conseguiu ficar com a bola, o que impediu os jogadores de administrarem o resultado com menos riscos de ser vazado.

“Quando eu falo de administrar o resultado, quero dizer jogar para frente e controlar o jogo. Se o adversário está perdendo, ele vai ter que subir ao ataque de forma desorganizada, abrindo mais espaços na defesa. A gente teria que aproveitar esses espaços que tivemos, mas não aproveitamos. E clássico é assim: quando se vai ao ataque e não faz, o adversário vai lá faz. Agora é trabalhar. não adianta culpar um ou outro”, concluiu.