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Ele é o cão! Apelido mais que agrada volante do Cruzeiro

Volante foi regularizado há duas semanas e desde então não saiu do time titular - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Volante foi regularizado há duas semanas e desde então não saiu do time titular Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

03/03/2016 06h00

Dos oito reforços do Cruzeiro em 2016, três ainda buscam espaço e correm atrás de uma estreia, enquanto outros cinco já convivem pelo menos com as entradas no decorrer dos jogos. Do quinteto, no entanto, somente um entrou no time assim que foi regularizado: o argentino Lucas Romero, “El Perro’.

O volante mal chegou, mas já tomou a titularidade do compatriota Cabral e hoje é um dos prediletos de Deivid, carregando no apelido seu estilo que deu uma nova pegada ao meio-campo celeste, com mais eficiência na marcação e saída para o ataque.

“Desde as categorias de base do Vélez me chamavam assim, de El Perro, o cão. A torcida me chamava assim, é um apelido que pegou e hoje é normal para mim”, disse.

Dono de um passe de qualidade, boa condução de bola e competência na marcação, Romero nada contra a corrente de outros estrangeiros que ainda buscam a adaptação no Cruzeiro. A língua falada ainda não é o português, mas nem por isso o jogador deixa de se sentir em casa. Por essas e outras, o ‘cão de guarda’ mal precisou de tempo para entrar no ritmo dos companheiros e já virou o novo titular no meio-campo.

“Estou muito feliz e tranquilo com os companheiros de grupo. Estou me adaptando taticamente e me receberam muito bem. Me deram confiança para mostrar meu futebol normalmente. A verdade é que tenho uma forma dinâmica e agressiva para recuperar a bola. É minha forma de jogar, espero sempre fazer isso para recuperar a bola para a equipe”, acrescentou.

Não é à toa que Romero já é destaque justamente nos desarmes, com apenas dois jogos pelo Cruzeiro. Até o momento, o argentino roubou a bola por seis vezes e não errou em nenhuma. Na hora de entregar para os companheiros, apenas dois dos 90 passes não saíram com a qualidade devida, números superiores aos do companheiro e atual reserva Cabral, que desarmou por três vezes em cinco jogos pelo estadual.

“Eu gosto que a bola passe por mim, para participar de cada jogada do ataque, aos meias-atacantes ou centroavante. Quero sempre ajudar, e a forma mais clara é passando. Em 2013, cheguei a ser um dos que mais passou no campeonato argentino, cheguei a fazer 60 passes na partida, sendo efetivo. Gosto que tenham confiança em mim e sempre quero fazer o melhor para o time”.