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Deivid relembra provocações e defende R. Silva: "Hoje não pode fazer nada"

Treinador lamentou episódio de injúrias raciais sofridas pelo jogador após o gol no clássico - Washington Alves/Light Press
Treinador lamentou episódio de injúrias raciais sofridas pelo jogador após o gol no clássico Imagem: Washington Alves/Light Press

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

01/04/2016 15h52

Alvo de injúrias raciais após o clássico mineiro da semana passada, ocasião em que provocou o rival imitando uma galinha, o atacante Rafael Silva tem recebido todo o suporte na Toca da Raposa. Além de o clube ter colocado seu quatro jurídico à disposição do jogador, os companheiros de equipe também prestaram apoio ao atacante. Nesta sexta-feira, foi a vez do técnico Deivid ir aos microfones para lamentar as proporções do episódio com seu atleta.

“Eu conversei sobre o assunto com ele. É chato, ele tem família, mãe, pai, tem filhos. Eu condeno esse tipo de atitude. Qualquer tipo de preconceito, racismo, a gente tem que condenar. O futebol é um espetáculo. Tem que ir ao estádio e incentivar sua equipe. Dez anos atrás, Marcelinho Carioca, Viola e Paulo Nunes comemoravam com dancinha, zoações e ninguém falava nada. Hoje você não pode fazer nada. Isso é um absurdo”, comentou.

Essa foi basicamente a mesma opinião do próprio Rafael Silva. Na saída do campo após a vitória por 1 a 0 no clássico mineiro, o jogador falou sobre a necessidade de levar a provocação para o lado da brincadeira, alegando que a comemoração faz parte do esporte e deveria ser encarada com bom humor.

Após tomar conhecimento sobre os ataques nas mídias sociais, Rafael Silva ainda não se pronunciou sobre o assunto. Em um passado recente, o meia Allano também foi alvo de injúrias raciais. Em situação parecida com a do companheiro, o garoto cogitou denunciar o autor do crime, mas optou por deixar o assunto de lado e desistiu.