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Saída de Pratto dá novo status a Rafael Moura

Saída de Lucas Pratto vai aumentar as chances de Rafael Moura no Atlético-MG - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Saída de Lucas Pratto vai aumentar as chances de Rafael Moura no Atlético-MG Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

11/02/2017 04h00

Rafael Moura assinou contrato com o Atlético-MG no começo de 2016, mas passou a temporada passada emprestado ao Figueirense, em negócio que envolveu a contratação do atacante Clayton. Para 2017, o centroavante teve seu retorno confirmado à Cidade do Galo, 13 anos após deixar o clube que o revelou. Naquele momento, com Fred e Lucas Pratto disputando a titularidade, Moura aparecia como terceira opção do técnico Roger Machado para a posição.

Após somente um mês de volta ao clube, a situação ficou um pouco melhor para Rafael Moura. Com Lucas Pratto vendido ao São Paulo, ele passou a ser a segunda opção para centroavante do Atlético. “Quando eu cheguei, me avisaram que eu teria minhas chances, independentemente de saídas ou chegadas. Cada um tem sua história, sua maneira de jogar. O Roger está vendo isso nos treinamentos e escolhendo, em certos momentos, cada um”.

De fora do banco de reservas contra o Tombense, Rafael Moura teve a chance de atuar alguns minutos na vitória sobre o Joinville, pela Primeira Liga. Numa partida especial para o jogador, que voltou a atuar novamente diante da torcida atleticana. Nesta temporada, o atacante já havia disputado um jogo, no clássico, mas com torcidas divididas.

“É muito bom, foi emocionante. Bacana demais ouvir o torcedor gritar He-Man. E mais feliz ainda com o Roger, por me dar alguns minutos, me dar essa oportunidade. Aos pouquinhos vou entrando cada vez mais, entrando bem. Isso vai se repetir ao natural”.

No começo de janeiro, quando foi apresentado como reforço do Atlético, Rafael Moura revelou o desejo de usar a camisa 13. Número de Carlos, que ainda estava no elenco atleticano. Assim, nos dois primeiros jogos de 2017, Rafael Moura apareceu com a camisa 18. Como Carlos também deixou a Cidade do Galo, foi emprestado ao Internacional, Rafael Moura já estava vestindo a 13 diante do Joinville.

Número que ele vai usar no restante da temporada, algo que havia pedido no momento em que assinou o contrato para voltar ao clube mineiro.

“Quando eu retornei e assinei o contrato, eu fiz o pedido. Sempre acompanhei a camisa 13 e o que ela significa para o Atlético. Sou um jogador criado aqui e sabendo dessa importância da camisa 13, eu fiz esse pedido, para jogar com ela. Me avisaram para esperar um pouco, pois o Carlos estava em negociação. Com a saída do Carlos, estou com a camisa 13. Tomara que eu seja muito feliz, assim como o Atlético”.

Rafael Moura nunca escondeu de ninguém a paixão pelo Atlético. Voltar para o clube o revelou, ter mais chances de jogar e usar a camisa 13, que tem bastante identificação com a torcida, são coisas que fazem o começo de temporada ser especial para o jogador de 33 anos. Mas ainda falta o principal: fazer um gol.

Goleador pelos clubes que passou, He-Man ainda não tem gols como jogador profissional do Atlético. Até o momento são apenas quatro partidas, duas na primeira metade da década passada, e duas nesta temporada. Fazer um gol pelo Atlético, com a camisa 13 e diante da torcida é algo que o jogador sonha há muito tempo.

“Contra o Joinville quase saiu, foram duas oportunidades, um chutinho fraco. Cada vez que entrar em campo, ter mais minutos para jogar, as chances vão aumentar. Sem ansiedade, mas estou louco para fazer esse gol”.

Com Pratto em outro clube, o gol de Rafael Moura vai jogar mais vezes e sabe que o gol está perto de acontecer. Ele torce para que seja neste domingo, no jogo com o Uberlândia, às 17h, no Estádio Independência.