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Sóbis, Ábila ou ambos? Briga acirrada no ataque do Cruzeiro divide opiniões

Quem deve jogar como titular? Sóbis e Ábila esquentam disputa no "laboratório" de Mano - Pedro Vilela/Light Press/Cruzeiro
Quem deve jogar como titular? Sóbis e Ábila esquentam disputa no "laboratório" de Mano Imagem: Pedro Vilela/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

13/02/2017 04h00

Neste início de ano, nenhuma posição do Cruzeiro dividiu tantas opiniões quanto o setor ofensivo, mais precisamente a referência no ataque. Quem é o melhor nome para ser titular? Rafael Sóbis, que terminou o ano no time principal? Ou Ramón Ábila, argentino com média de um gol a cada dois jogos? Poderiam os dois jogar juntos dentro de campo? Ainda em fase de experimentos, Mano Menezes comemora poder contar com peças tão boas e planeja utilizá-los de acordo com cada ocasião, mas não descarta escalá-los novamente juntos, como foi feito em 2016.

"Eles já jogaram juntos no ano passado. O técnico vive de escolhas e eu vou buscar as que eu acho melhor. Vai ter hora que eu vou jogar com um deles ou com os dois. Mas o mais importante é que os dois estão empurrando esta disputa para um alto nível.  As características são diferentes e é importante que a equipe tenha este entendimento. O Ábila fez dois jogos em um posicionamento, o Sóbis também. Isso tem sido ótimo  É necessário que o Cruzeiro estabeleça esse nível de competição", comentou Mano, que não perde o sono com a dor de cabeça boa.

Ramón Ábila tem como característica principal o forte poder de finalização. Desde que chegou ao Cruzeiro, sustenta uma boa média de um gol a cada dois jogos. Em oito meses, o argentino balançou as redes por 17 vezes em 33 oportunidades. Nos últimos dois jogos que entrou em campo, marcou por quatro vezes, justificando a definição de 'goleador' utilizada por Mano. Por outro lado, Rafael Sóbis é um atacante de maior mobilidade. Sai mais da área, é mais voluntarioso quando o time não está com a bola e confunde a marcação adversária com sua constante movimentação. Foi assim no clássico contra o Atlético-MG pela Primeira Liga, em que revezou posições com outros jogadores como Arrascaeta, elemento surpresa que invadiu a área e marcou o gol da vitória. Já no último sábado, Sóbis chamou atenção também ao utilizar outra arma. Sua cobrança de falta abriu o placar diante do Tupi, em Juiz de Fora. Naquele jogo, o camisa 7 ainda balançaria as redes por mais uma vez, mostrando que não se intimidou com a "sombra" de Ábila no time titular.

"A pior coisa que existe para o técnico é colocar na balança dois jogadores que produzem pouco. Me deixa satisfeito o entendimento que os jogadores têm desse momento, a dedicação. É necessário, em uma temporada com essa, estabelecer esse nível de uma maneira melhor e as primeiras amostragens estão boas", comentou recentemente o treinador.

Além do ataque, outras posições ainda não estão completamente definidas neste início de ano. Outro setor bastante concorrido é o meio-campo. Atualmente, Henrique e Ariel Cabral formam a dupla de volantes, mas são acompanhados de perto de pelo menos três outros jogadores. São eles o argentino Lucas Romero, titular na maior parte do ano passado, Hudson, recém contratado com o aval de Mano Menezes, e Lucas Silva, bicampeão brasileiro e ídolo da torcida que está de volta ao clube.