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Libertadores mais longa permite Atlético-MG ter força máxima no Mineiro

Com calendário mais folgado, Roger tem usado titulares em todos os jogos do Mineiro - Marcelo Ruiz/Jam Media/AP
Com calendário mais folgado, Roger tem usado titulares em todos os jogos do Mineiro Imagem: Marcelo Ruiz/Jam Media/AP

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

11/03/2017 04h00

Líder do Campeonato Mineiro e com 100% de aproveitamento, o Atlético-MG tenta terminar a primeira fase com a melhor campanha da competição, o que não acontece desde 2012. Naquele ano, sem disputar a Copa Libertadores, o time de Cuca venceu dez dos 11 jogos da fase inicial da competição estadual, só perdeu pontos ao empatar com o Cruzeiro. Campanha que foi coroada com o título estadual e de forma invicta, o que não acontecia desde 1976.

Nos últimos anos, mesmo com equipes fortes e com dois títulos conquistados, o Atlético não conseguiu terminar nenhuma fez a primeira fase do Mineiro na liderança. A explicação está na disputa da Copa Libertadores. Em 2017 o Atlético participa pela quinta vez consecutiva do torneio, mas a edição atual tem uma novidade, que ajuda a equipe mineira na competição local.

Como a Libertadores vai ser disputada até novembro, a fase de grupos que geralmente terminava no começo de abril, foi estendida até o final de maio. Em comparação com 2016, por exemplo, o Atlético fechou a fase de grupos no dia 14 de abril, ao fazer 4 a 0 no Melgar, do Peru. Agora, no dia 13 de abril, a equipe comanda por Roger vai entrar em campo pela segunda rodada apenas, contra o Sport Boys.

Como a Libertadores é prioridade, e não pode ser diferente disso, entre 2013 e 2016 uma das justificativas para o Atlético não terminar a primeira fase do Mineiro como líder é a quantidade de jogos com o time reserva. No ano passado, por exemplo, foram cinco das 11 partidas com a equipe sem ter a força máxima. Assim como aconteceu em 2014.

Algo que não tem sido problema para o técnico Roger Machado, que nos primeiros seis jogos do Mineiro teve a oportunidade de usar a escalação considerada titular. E assim vai ser nas próximas cinco rodadas, já que o Atlético só volta a campo pela Libertadores em abril. Até lá, serão disputadas as rodadas que restam para o término da primeira fase do Mineiro.

“A gente tem as semanas abertas, vão ser importantes para a gente trabalhar. Em termos de sequência não tem motivo para trocar. Vamos analisar jogo a jogo. O importante é que os princípios que a gente treina vão para o jogo. A repetição se dá em função disso. Treinar o jogo para jogar o treino, isso é importante” disse Roger Machado.

Se em 2014 e 2016 o Atlético poupou os titulares em muitos jogos do Estadual, em 2013 e 2015 o time considerado reserva atuou pouco, mas com um detalhe. Cuca, há quatro anos, e Levir Culpi, há dois anos, usaram o time reserva em apenas uma e duas oportunidades, respectivamente. No entanto, ambos rodaram bastante o elenco, optando bastante por equipes mistas. Foram poucos os jogos do Atlético completo.

Na última rodada do Mineiro, marcada para o dia 9 de abril, o Atlético vai até Poços de Caldas para enfrentar a Caldense. Quatro dias depois, em Belo Horizonte, a equipe alvinegra recebe o Sport Boys. Mesmo intervalo que teve entre a vitória sobre o Villa Nova, com o time titular, e o empate com o Godoy Cruz, na Argentina. No entanto, em abril, a sequência de jogos vai ser maior, como a semifinal do Estadual e rodadas seguintes da Libertadores. Por isso, pode ser o único jogo do Atlético sem força máxima no Mineiro.