Vilão em clássico, Felipe Santana quer "desentalar chiclete da garganta"
Ele chegou ao Atlético-MG em janeiro e já passou pelo seu primeiro teste de fogo com apenas três semanas no clube. Logo no segundo compromisso oficial do ano, Felipe Santana recebeu a difícil tarefa de substituir Leonardo Silva no jogo mais importante do estado. Visivelmente fora de ritmo, ficou marcado por uma falha que resultou na derrota para o Cruzeiro. Bastou aquele erro para o zagueiro ganhar o status de vilão e começar a conviver com a desconfiança da torcida. De lá para cá, algumas coisas mudaram para melhor. Hoje, com atuações mais convincentes, Felipe se prepara para reencontrar o rival e quer dar um novo desfecho ao clássico para apagar a imagem ruim de dois meses atrás.
“Encaro este clássico como uma redenção. O primeiro aconteceu em um começo de processo e eu já sabia que poderiam ocorrer falhas. Aconteceram inúmeras falhas e o tempo tratou de curar as cicatrizes. Mas não fico remoendo. Era uma situação em que fazíamos a segunda partida do ano. Agora os números mudam e a forma física e o emocional também. Nessa semana, vamos trabalhar muito para que no próximo jogo possamos desentalar esses chicletes da garganta”, comentou.
Contratado no final de 2016, Felipe estava parado desde a metade daquele ano para se recuperar do desgaste físico e mental após temporadas intensas na Europa. Em um cenário ideal, o jogador chegaria com tempo para realizar uma pré-temporada, recuperar o ritmo de jogo e só então brigar por uma das vagas como titular de Roger Machado. Porém, as lesões precoces de Leonardo Silva e Erazo impediram a ordem natural no processo de adaptação e o zagueiro precisou se virar para ganhar o ritmo em campo sem comprometer o coletivo. Até aqui, Felipe participou de seis dos nove jogos do Campeonato Mineiro, formando o miolo de zaga ao lado de Gabriel.
As fortes críticas por causa do começo ruim fizeram Santana traçar um objetivo: dar a volta por cima e resgatar o futebol que um dia o fez chegar ao Borussia Dortmund, bicampeão alemão. Desde então, o zagueiro vem evoluindo gradativamente em campo. Na última partida, contra a URT, mostrou bastante segurança nas bolas aéreas e eficiência nos desarmes.
“Quando eu vim para cá, sabia que a adaptação ia demorar. Sabia que ia haver críticas e sei do peso do meu nome. Faço de tudo para que o Felipe do Borussia volte. Mas eu tinha que se levar em conta que eu fiquei seis meses parado, com seis lesões consecutivas, no joelho, tornozelo e hérnia de disco, que acaba atrapalhar. Temos que liquidar uma por uma”.
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