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Cruzeiro explica proibição de bandeiras e instrumentos rivais no clássico

Clássico meio a meio não se repetirá e Mineirão terá 90% de cruzeirenses no sábado - Enrico Bruno/UOL Esporte
Clássico meio a meio não se repetirá e Mineirão terá 90% de cruzeirenses no sábado Imagem: Enrico Bruno/UOL Esporte

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

30/03/2017 11h07

Na véspera de mais um clássico mineiro, novas polêmicas entraram em campo antes de a bola rolar no Mineirão. Além de confirmar o retorno da partida com o esquema de 90% dos lugares destinados ao Cruzeiro, time mandante, a reunião da última terça-feira também contou com alguns pontos que ganharam destaques. Um deles é a proibição de bandeiras e instrumentos musicais na torcida do Atlético-MG. Dentro de campo, o mascote "Galo Doido" também ficará proibido de fazer sua festa. Tudo isso, segundo Bruno Vicintin, vice-presidente do clube celeste, foi imposto apenas para justificar o mesmo tratamento que a equipe recebe quando visita o Horto.

"Até na diplomacia existe a reciprocidade. Essas picuinhas não ganham jogo. Porém o Cruzeiro tem direito de exercer a reciprocidade. Nossa torcida merece respeito, sofre muito no Independência. Estas coisas no clássico, proibição de mascote, bandeira, instrumento, foram criadas pelo nosso rival. Estamos fazendo uma reciprocidade", comentou o diretor, em entrevista na Toca da Raposa.

A intenção do Cruzeiro era de proibir também a entrada de crianças atleticanas junto aos jogadores. No entanto, a Federação Mineira de Futebol já deu sinal vermelho para o clube e alegou que vai liberar a entrada dos pequenos torcedores do Galo junto com o time.

Vale lembrar ainda que o primeiro clássico do ano, disputado no dia 1º de fevereiro, pela Primeira Liga, teve um Mineirão totalmente dividido, com metade de seus lugares disponíveis para cada torcida, algo que não acontecia desde 2013. Depois daquele jogo, aumentou-se a expectativa para que o estádio sediasse novos clássicos meio a meio. Apesar de não ter evoluído, a ideia não é descartada pelo Cruzeiro, que manda seus jogos na Pampulha.

"Minha opinião pessoal é que sempre tem que ter torcida dividida, dá um charme grande ao jogo. Posso falar em nome do Cruzeiro, conversei com presidente Gilvan, caso enfrentemos no futuro podemos ter jogos divididos no Mineirão. O Cruzeiro está totalmente aberto a conversas", concluiu.