Topo

Até gandula é assunto no clássico. Atlético-MG pede ação preventiva da FMF

Enquanto a bola não rola para Cruzeiro x Atlético, até os gandulas viram preocupação no clássico - Washington Alves/Cruzeiro
Enquanto a bola não rola para Cruzeiro x Atlético, até os gandulas viram preocupação no clássico Imagem: Washington Alves/Cruzeiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

28/04/2017 04h00

No clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG, pela primeira fase do Campeonato Mineiro, além do atacante Fred, o árbitro Igor Júnio Benevenuto expulsou também um dos gandulas do jogo. Após algumas reclamações dos jogadores atleticanos e da comissão técnica do clube alvinegro, o árbitro pediu a retirada do profissional por entender que ele estava retardando a reposição de bola. Por esse motivo o Cruzeiro foi julgado e absolvido, já que conseguiu provar que não é o responsável pela escolha de quem trabalha em seus jogos.

Mesmo assim, o Atlético entrou com um requerimento junto à Federação Mineira de Futebol (FMF) pedindo uma ação preventiva nesse quesito. “É só uma questão de cautela. No clássico da primeira não foi uma ação individual, apesar de apenas um gandula ter sido expulso, houve uma atuação estranha. Passou do tempo de nos preocuparmos com os gandulas, temos de melhorar a qualidade do futebol. Por essa razão o clube fez um requerimento para que a Federação atuasse preventivamente, para evitar qualquer problema”, explicou o diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, ao UOL Esporte.

O questionamento do Atlético não surgiu apenas por causa da ação dos gandulas no clássico da primeira fase do Mineiro. A situação se repetiu em um jogo do Cruzeiro, também no Mineirão, contra o São Paulo, pela quarta fase da Copa do Brasil. Rogério Ceni e alguns jogadores da equipe paulista também reclamaram de como eles estavam agindo.

E, assim como aconteceu no clássico, um gandula foi expulso por Wilton Pereira Sampaio, o árbitro daquele jogo. Por esse motivo, o Atlético fez o pedido para que a FMF tome providências no sentido de evitar qualquer tipo de ação que interfira no andamento da partida.

“No julgamento que houve, o Cruzeiro foi denunciado e levou um funcionário da Federação dizendo que o Cruzeiro não tinha responsabilidade. Mas o mandante tem responsabilidade. É ele o responsável. Não estamos pedindo a condenação do Cruzeiro, nada disso. Num jogo seguinte, contra o São Paulo, o problema se repetiu”, comentou o dirigente atleticano, que alega querer apenas o melhor para o jogo.

“É o seguinte, está na hora de parar com essa história de resolver jogo com o gandula. Um problema aqui e outro ali até pode ocorrer, a gente tem de ser tolerante, mas a situação ficou um pouco acima do padrão. É apenas para melhorar o jogo, pois nem sabem que vai estar ganhando. Foi apenas questão preventiva”, completou Lásaro Cândido da Cunha.