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Atlético-MG diz que demissão de Oswaldo de Oliveira foi uma decisão técnica

Presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara, e o diretor de futebol, Alexandre Gallo, falaram sobre a saída de Oswaldo de Oliveira - Victor Martins/UOL Esporte
Presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara, e o diretor de futebol, Alexandre Gallo, falaram sobre a saída de Oswaldo de Oliveira Imagem: Victor Martins/UOL Esporte

Thiago Fernandes e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

09/02/2018 12h22

O Atlético-MG demitiu o técnico Oswaldo de Oliveira na manhã desta sexta-feira. Pouco tempo depois de o treinador se envolver em uma confusão com o jornalista Léo Gomide, da Rádio Inconfidência. Apesar de toda a repercussão do caso, incluindo a proibição de o radialista frequentar a Cidade do Galo, a diretoria alvinegra justificou a decisão como algo técnico.

A sequência de jogos ruins, a falta de evolução do time e a quase eliminação da Copa do Brasil para o Atlético-AC foram os fatores que pesaram na saíra do treinador, como explicou o diretor de futebol do Atlético, Alexandre Gallo.

“Inicialmente, é exclusivamente técnica”, comentou o dirigente, que seguiu explicando os motivos da diretoria alvinegra.

“No jogo da Patrocinense, nós tínhamos que ter uma continuidade do início de jogo, ter uma condição grande de crescimento técnico na partida. Sou favorável à continuidade, é favorável. Para isso acontecer, tínhamos que visualizar uma condição técnica de melhora jogo a jogo. Essa foi a questão da escolha”, disse Alexandre Gallo.

Atlético entende que troca foi na hora certa

É no mínimo estranho um clube trocar o treinador um mês e cinco dias depois de começar a temporada. Oswaldo de Oliveira durou somente seis partidas no comando alvinegro em 2018. Por esse motivo, a diretoria do clube foi questionada sobre o fato de manter o treinador que terminou no comando da equipe em 2017 e não ter feito a troca naquele momento.

“Dentro desse histórico de 37 anos no futebol, como atleta e treinador, já estive dentro de situações assim. Mudança de planejamento é saudável e necessária. Análise diária, entender, discutir, ouvir. A gente tem essa consciência, conversa muito com o Sérgio. Sentimos que era o momento”, comentou Alexandre Gallo, que teve o discurso seguido pelo presidente do clube, Sérgio Sette Câmara.

“A gente acha que tinha que fazer a mudança agora. Não ia esperar dois ou três jogos. Poderia muito bem esperar o jogo da Paraíba e ver o que dava. Se ganha, fica ou não. Se perder, teria um motivo para decidir com a diretoria a saída dele. É a avaliação. Temos expectativa. Isso depende de um desempenho no gramado. O desempenho, até então, não agradou. A gente espera muito mais dos jogadores. Alguns que até estavam no elenco estão abaixo do rendimento normal. Vamos buscar alternativa. Não é operação salvamento, como quando ocorreu ano passado com a chegada do Oswaldo. Avaliamos e entendemos que era necessária a mudança. Vamos fazer e acreditamos muito que essa é a melhor decisão a ser tomada”, completou o mandatário.