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Jogadores do Galo pedem o fim de tantas trocas de técnicos: "Continuidade"

Fábio Santo não tem nem dois anos de Atlético-MG e já vai ter o quinto treinador diferente - Thomás Santos/AGIF
Fábio Santo não tem nem dois anos de Atlético-MG e já vai ter o quinto treinador diferente Imagem: Thomás Santos/AGIF

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

15/02/2018 04h00

Desde que Levir Culpi deixou o Atlético-MG, em novembro de 2015, o clube jamais conseguiu dar estabilidade a um treinador sequer. Após a saída do treinador, que não teve o contrato renovado, mesmo terminando o Campeonato Brasileiro como vice-campeão, o Galo já teve cinco treinadores e vai para o sexto. É o suficiente para os jogadores se mostrarem cansados com tantas trocas.

Diego Aguirre, Marcelo Oliveira, Roger Machado, Rogério Micale e Oswaldo de Oliveira foram os cinco treinadores que o Atlético teve em um período pouco superior a 25 meses. Uma troca a cada cinco meses, em média. Roger Machado, com sete meses e meio, foi o recordista do período.

Coincidência ou não, o Atlético não faturou um grande título sequer. A única conquista foi o Campeonato Mineiro do ano passado, com Roger, o que deu um fôlego a mais ao treinador que jamais caiu nas graças da torcida. Após a queda de Oswaldo de Oliveira, que não durou cinco meses no cargo, os jogadores atleticanos iniciaram o pedido de continuidade.

O primeiro a levantar a questão foi o lateral esquerdo Fábio Santos. Contratado pelo Atlético em 2016, o camisa 6 já trabalhou com quatro treinadores e um período inferior a dois anos. No Corinthians, por exemplo, foram quatro anos e meio de clube e apenas dois treinadores, sendo que Tite esteve em duas passagens.

“A troca atrapalha. A gente vê pelas últimas equipes que conquistaram no Brasil, pode ver a sequência do treinador. É impossível você entender um trabalho com dois, três meses. Essas mudanças são prejudiciais não só para o clube, mas para os jogadores, para os próprios treinadores que estão passando. A gente espera ter um trabalho mais longo, a longo prazo, acreditar em um trabalho para, quem sabe, ter um resultado lá na frente”, comentou Fábio Santos.

Essa continuidade também é pedida por Leonardo Silva. Jogador que está há mais tempo na Cidade do Galo, desde janeiro de 2011, o zagueiro pode dizer que vive uma nova situação no clube. Nos primeiros anos com a camisa alvinegra foram somente quatro treinadores, sendo que Cuca e Levir Culpi conseguiram emplacar mais de um ano cada. Somente nas últimas duas temporadas, contando as primeiras semanas de 2018, Leonardo Silva já trabalhou com cinco treinadores diferentes e espera pelo sexto.

“Para conquistar título, continuidade é fundamental”, comentou o capitão do Atlético.